02 de fevereiro de 2025

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5 soft e hard skills do profissional de tecnologia do futuro

Foto: Freepik

Com transformação digital em ritmo acelerado, especialista do Inatel aponta o que diferencia profissionais mais requisitados no mercado

O avanço da tecnologia continua redefinindo todos os setores da economia, gerando uma necessidade crescente por especialistas capacitados para enfrentar desafios complexos. Esse cenário exige dos profissionais muito mais do que apenas conhecimento especializado: é preciso combinar habilidades técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) para atender às exigências de um ambiente em constante transformação. 

De acordo com Guilherme Marcondes, vice-diretor e pró-diretor de Graduação do Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, o profissional ideal de tecnologia além de codificar ou interpretar dados, possui habilidade de comunicar suas ideias de forma clara e trabalhar de forma colaborativa em equipes multidisciplinares. “Empresas buscam pessoas que saibam conectar a solução técnica ao contexto do negócio. A habilidade de traduzir código em estratégia faz toda a diferença”, explica.

De acordo com o relatório “Monitor de Empregos e Salários” da Brasscom, até agosto de 2024, o Macrossetor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil empregava aproximadamente 2,1 milhões de profissionais formais, um aumento de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apenas em 2024, foram criados cerca de 48 mil novos postos de trabalho no setor de tecnologia, que oferece uma remuneração média 2,5 vezes superior à média nacional.  ‘‘Sendo uma área em constante crescimento e com forte competitividade, é necessário focar nas competências certas para conquistar o mercado de trabalho’’, enfatiza Marcondes.

Nesse contexto, o vice-diretor do Inatel listou cinco competências essenciais para os profissionais do futuro.

  1. Programação e resolução de problemas

Dominar linguagens de programação como Python, Java e C++ é essencial, mas saber como aplicar esse conhecimento para resolver problemas reais é o que importa. A capacidade de analisar cenários complexos e desenvolver soluções eficientes é altamente valorizada. “O código precisa servir a um propósito. Entender o problema e oferecer soluções criativas é o que transforma um bom desenvolvedor em um excelente profissional”, afirma.

  1. Análise de dados e tomada de decisões

Além disso, com o crescimento da big data, pessoas que sabem coletar, interpretar e aplicar dados estão ganhando espaço. No entanto, é preciso ir além dos números: a capacidade de tomar decisões informadas e comunicar resultados de maneira acessível é essencial. “Os dados só têm valor quando se tornam insights aplicáveis. Profissionais que conseguem transformar informação em estratégia são os mais requisitados”, ressalta Marcondes.

  1. Inteligência Artificial e pensamento crítico

Outros conhecimentos em alta incluem machine learning e inteligência artificial, mas a habilidade de questionar resultados e compreender os limites dessas tecnologias é igualmente relevante. “Pensamento crítico permite avaliar soluções de IA de forma responsável e ética. Não basta aplicar um modelo, é essencial entender seus impactos e limitações”, destaca o vice-diretor.

  1. Comunicação e trabalho em equipe

A tecnologia é um trabalho coletivo. Saber comunicar ideias e colaborar com profissionais de diferentes áreas é fundamental. Projetos de tecnologia bem-sucedidos dependem de equipes capazes de dialogar e integrar diferentes perspectivas, tornando a comunicação e a colaboração habilidades indispensáveis.

  1. Adaptabilidade e liderança

Além disso, Marcondes observa que a capacidade de adaptação às mudanças e a aptidão para assumir papéis de liderança em momentos desafiadores são diferenciais importantes. “As empresas procuram profissionais proativos, capazes de liderar iniciativas e inspirar equipes em cenários de incerteza. Liderança não significa apenas ocupar cargos de chefia, mas assumir a iniciativa de guiar soluções em momentos decisivos”, conclui.

Sobre o Inatel

O Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, fundado em 1965, é um centro de referência em ensino, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Localizado em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, foi a primeira instituição de ensino superior de Engenharia de Telecomunicações do Brasil e, atualmente, oferece sete cursos de graduação, além de pós-graduação lato sensu, cursos a distância e Mestrado e Doutorado em Telecomunicações.

Além de formar profissionais, o Instituto facilita a transferência de tecnologia para o mercado e mantém parcerias estratégicas com empresas de tecnologia nacionais e multinacionais, além de órgãos como os Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Desde 2016, é a unidade Embrapii, responsável por apoiar o desenvolvimento e a inovação no Brasil e, em 2023, foi anunciado como Centro de Competência Embrapii em Redes 5G e 6G. Para mais informações, visite o site.

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