Os pequenos também receberam a visita do empreendedor Roberto Matsuda, fundador do ‘Fruta Imperfeita’, um movimento com o propósito de reduzir o desperdício de alimentos / Foto: Divulgação / Colégio Marista Arquidiocesano (SP)
Turma do Colégio Marista Arquidiocesano também promove arrecadação para o preparo de marmitas que serão doadas em comunidades carentes
Estudantes do 4° ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista e que completa 165 anos de sua fundação em 2023, montaram um centro de arrecadação de alimentos no pátio central da instituição de ensino.
O intuito dos alunos é de ajudar o instituto “A Corrente do Bem”, fundado em 2016, sem fins lucrativos ou econômicos, apolítico, ecumênico, que tem como objetivo “entregar a esperança” por meio do fornecimento de recursos essenciais para comunidades carentes com pouca visibilidade. Os alimentos arrecadados serão entregues para o preparo de marmitas, posteriormente doadas às pessoas em situação de vulnerabilidade social atendidas pela entidade.
Os pequenos também receberam a visita do empreendedor Roberto Matsuda, fundador do ‘Fruta Imperfeita’, um movimento com o propósito de reduzir o desperdício de alimentos por meio da conscientização das pessoas sobre o impacto das suas escolhas de consumo, que trouxe um novo olhar para a beleza dos alimentos, além do apoio a pequenos agricultores. A iniciativa funciona da seguinte forma: alimentos considerados “imperfeitos” são selecionados em sítios de pequenos produtores e, ao invés de serem descartados, são comprados pelo Fruta Imperfeita. Após isso, eles são comercializados em cestas por meio do site do projeto.
As atividades nasceram a partir do projeto “Alimento imperfeito e o desperdício”, orientado pela professora Ana Paula Moura sob supervisão da coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli, e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.
“As perdas, além de reduzir a quantidade de alimentos, apresentam impactos financeiros, pois geram menos recursos para os produtores e aumentam os preços para os consumidores. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU possui uma meta (até 2030) de reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita no mundo, para o varejo e consumidor final, além de limitar as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento”, explica uma das orientadoras do projeto, Ana Paula Moura.
Com o projeto, os alunos puderam compreender que o Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo, mas também um dos países com o maior índice de desperdício. De acordo com dados do IBGE, cerca de 30% dos alimentos produzidos no país acabam sendo jogados fora, o equivalente a cerca de 46 milhões de toneladas de alimentos por ano.
Isso representa uma perda significativa, tanto em termos econômicos, como sociais: o desperdício de alimentos no Brasil é estimado em R$ 61,3 bilhões por ano, fazendo o País ocupar a 10ª posição no ranking das nações que mais desperdiçam comida, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU).
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