25 de novembro de 2024

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Novembro Roxo: mês alerta para a prevenção da prematuridade, que afeta seis bebês a cada 10 minutos no país

Mãe realizando o método canguru, de contato pele a pele com bebê prematuro, durante internação em UTI Neonatal. (Arquivo pessoal)

São considerados prematuros os bebês que nascem antes de 37 semanas de gestação; campanha mundial destaca a importância do contato pele a pele entre os pais e o bebê após o nascimento

A prematuridade é um desafio global de saúde que afeta milhões de famílias todos os anos. São considerados prematuros os bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação – o comum é entre 38 e 42 semanas.

Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a seis prematuros a cada 10 minutos. Ou seja, mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.

“Fatores relacionados ao estilo de vida atual, em que as mulheres optam pela maternidade mais tarde, após os 35 anos, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a ampliação do uso de métodos como a fertilização in vitro – que favorece gestações gemelares que são consideradas de alto risco –, podem contribuir para o aumento gradual dos casos de prematuridade no país”, observa Erika Yashiro, neonatologista e coordenadora da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade São Luiz Campinas.

Para conscientizar e promover a prevenção da prematuridade, a campanha “Novembro Roxo”, mês que também marca o Dia Mundial da Prematuridade (17/11), ganha destaque com a missão de educar, informar e inspirar ações que reduzam essa problemática de saúde pública.

Neste ano, o tema global da campanha é “Pequenas ações, GRANDE IMPACTO: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares”, que enfatiza os benefícios desse contato precoce entre o recém-nascido, principalmente prematuros extremos, e seus pais, ainda no ambiente hospitalar. 

“Muitos estudos comprovam que esse contato auxilia na recuperação dos bebês na UTI Neonatal, já que ajuda na estabilização da temperatura e outros sinais vitais do bebê, estimula a produção de leite materno e ainda fortalece o vínculo dos pais com a criança”, destaca a coordenadora do São Luiz Campinas.

No São Luiz Campinas, as ações voltadas para o estímulo deste contato, como uso do “método canguru”, por exemplo, são realizadas assim que o bebê apresenta quadro clínico estável, independente do peso e idade gestacional.

Inaugurado no mês de maio, o Hospital e Maternidade São Luiz Campinas, da Rede D’Or, é o maior hospital privado do interior paulista e conta com uma maternidade completa e preparada para casos de alto risco e prematuridade, com pronto-socorro obstétrico exclusivo para atendimento de gestantes, duas salas de parto normal e pré-parto, apartamentos individuais e Unidades de Terapia Intensiva (Adulto e Neonatal), além de equipe multiprofissional especializada.

Causas e prevenção

A especialista explica que a prematuridade ocorre por uma série de fatores, incluindo o estilo de vida da mãe, condições de saúde, estresse e acesso à assistência médica adequada. Embora alguns casos de nascimento prematuro sejam inevitáveis, muitos podem ser prevenidos.

“A prevenção da prematuridade começa com cuidados pré-natais de qualidade. É essencial realizar todas as consultas e exames previstos para este período, tomar as vacinas necessárias e adotar hábitos de vida mais saudáveis”, orienta Dra. Erika Yashiro.

Outro aspecto importante da prevenção da prematuridade é a conscientização sobre as complicações médicas que podem levar a partos prematuros.

“Doenças crônicas como diabetes e hipertensão podem aumentar o risco, assim como infecções durante a gravidez. Identificar esses fatores precocemente e receber o tratamento adequado é crucial”, alerta a neonatologista.

De acordo com a especialista, apesar do aumento de casos, a constante evolução na área da medicina vem contribuindo para melhora na sobrevida dos bebês prematuros. “Hoje temos equipamentos mais modernos, protocolos de atendimento estabelecidos e profissionais altamente qualificados, que fazem diferença no tratamento dos casos e aumentam consideravelmente as chances de recuperação de bebês cada vez mais prematuros. Nesses casos, assim como em gestações de alto risco, é importantíssimo buscar serviços com estrutura e profissionais adequados para atendimento e suporte em caso de intercorrências”, ressalta a médica do são Luiz Campinas. 

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