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Além de reduzir a frequência cardíaca, a canção também diminui dores e ansiedade
São Paulo, novembro de 2023 – Já dizia o velho ditado: quem canta os seus males espanta, mas o que os cientistas atuais têm descoberto é que quem ouve música também pode se beneficiar. Isto porque as canções são capazes de provocar estímulos em várias partes do corpo. Diversos estudos já comprovam os benefícios para o cérebro, entretanto, é possível que outros órgãos também sejam afetados, dentre eles, o coração.
Recentemente, artigos sobre os efeitos da música no coração têm sido amplamente discutidos, trazendo importantes considerações no que diz respeito às reações do sistema cardíaco como um todo. “Ao ouvir música, pacientes com doenças cardiovasculares sentem menos dor e a ansiedade também diminui, junto com a frequência cardíaca”, explica o Dr. Nathan Valle Soubihe Jr., cardiologista do Hcor.
Isso acontece porque as músicas com ritmo lento ou meditativo produzem um efeito relaxante, reduzindo, além das batidas do coração, a pressão arterial. “Por outro lado, o aceleramento da velocidade das pulsações da música (andamento) pode provocar um efeito excitante, aumentando o ritmo da respiração, a pressão arterial e os batimentos cardíacos”, afirma o especialista.
Segundo os estudos recentes, a música tem efeitos benéficos para pacientes com queixa de dor, pois age como um estímulo em competição, distraindo o paciente e desviando a atenção do ponto dolorido. Para isso, a atuação de um musicoterapeuta junto com um cardiologista é uma alternativa a ser considerada, pois o trabalho integrado ajuda o paciente a suportar o estresse da doença.
“A música diminui a rigidez aórtica, então o fluxo sanguíneo é mais livre. Outro benefício tem a ver com aulas de música, que promovem um impacto profundo na capacidade de aprendizado em geral. Alguns pesquisadores afirmam até mesmo que aulas regulares reduzem a chance de burnouts e melhoram o humor”, pontua o Dr. Nathan.
O médico relata, ainda, que é possível notar diferença na relação que os pacientes têm com a música. Por exemplo, se for alguma escolhida pela própria pessoa, a chance de relaxamento é muito maior do que uma escolha aleatória feita por outro indivíduo. “Agora, se for uma canção indiferente ou que a pessoa não goste, os sinais vitais vão continuar os mesmos ou acelerar em casos de ansiedade”, reforça.
Agindo no organismo como um todo, além de aliviar os sintomas de diversas doenças, a musicoterapia pode reduzir a necessidade de tomar alguns remédios. Porém, como todo tratamento, o paciente deve ser acompanhado pelo médico, que o orientará sobre as melhores formas de ajuda.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia Clínica, Mastologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.