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Impactos da escravização refletem até os dias atuais, comenta especialista. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE 2023, a população negra corresponde a 56,1% da população brasileira. Porém ela enfrenta as maiores taxas de desemprego, trabalho informal, desigualdade salarial e baixa representatividade em cargos de liderança.
No quesito informalidade, o estudo revelou que 46,1% da população negra trabalha informalmente. No caso das mulheres negras, 46,5% trabalha sem carteira assinada e não contribui com a Previdência Social, requisito importante para a aposentadoria.
Em relação ao desemprego, as pessoas negras representam 9,5%, em comparação com pessoas não-negras a taxa era de 6,3%. Mulheres negras são as mais afetadas pelo desemprego, correspondendo a 11,7%.
Já a desigualdade salarial evidencia as desigualdades raciais e de gênero com mulheres negras ganhando 38,4% menos que mulheres não-negras, 52,5% menos que homens não-negros e 20,4% menos que homens negros.
Em cargos de direção e gerência, mulheres negras são 2,1% e homens negros são 2,1%, mulheres não-negras são 4,3% e homens não-negros 5,5%.