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Mais de 220 usuários do Projeto “Estamos Juntos” foram formados em três meses pela Rede Cidadã. Meta é chegar a um mil.
Desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte e a Rede Cidadã, o programa “Estamos Juntos”, que promove ações para inclusão produtiva de quem vive nas ruas, já qualificou, em três meses de execução, mais de 200 pessoas na capital mineira. Uma parte delas já está inserida nas frentes de trabalho, um preparatório de cinco meses em que os usuários exercitam o que aprenderam antes da inserção definitiva no mercado formal. “A ideia é que essas pessoas consigam seus empregos, aluguem suas casas e saiam definitivamente das ruas e dos abrigos”, explica Isabel Dias Serafim Corrêa, supervisora de projetos sociais da Rede Cidadã e coordenadora do programa.
A iniciativa começou em setembro deste ano, e tem como meta a formação de mil participantes em 18 meses. O programa é desenvolvido em quatro etapas. Na primeira, é feita a identificação e a sensibilização dos usuários – pessoas em situação ou trajetória de rua e que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Esse trabalho é realizado tanto por meio de uma busca ativa, indo até abrigos e albergues da cidade para captar os participantes, quanto por encaminhamento, pela prefeitura, de pessoas inscritas em outros programas”, explica Corrêa.
Na segunda etapa, ocorre a formação dos usuários pela Rede Cidadã. Nesse momento, além do treinamento para o mundo do trabalho, os participantes passam por 32 horas de preparação para desenvolver habilidades comportamentais e emocionais. “Sabemos que apenas inserir não é suficiente. É preciso garantir condições para que eles se mantenham no mercado”, destaca Corrêa.
Em seguida, após a formação, os integrantes do programa são encaminhados para as frentes de trabalho, quando têm oportunidade de vivenciar e praticar o que aprenderam, numa espécie de estágio antes do ingresso nas empresas. Em seguida, tornam-se aptos a serem encaminhados para as vagas, que também são captadas pela Rede Cidadã. Até que essa inclusão definitiva aconteça, eles contam com um auxílio financeiro, que contribui para que se mantenham no programa até o fim.