25 de novembro de 2024

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Manifesto lançado em São Paulo defende uso de Inteligência Artificial Generativa na educação de forma ética e segura

Foto: Freepik

Instituições defendem uso da inteligência artificial generativa de forma ética e segura no ambiente de ensino e a favor de uma educação cidadã

Documento conta com a participação de diversas entidades de ensino, que realizaram um workshop em janeiro, e que apoiam a publicação, a divulgação e a adoção das recomendações no setor de Ensino

A Inteligência Artificial Generativa (IAG) já é considerada a grande revolução tecnológica dos últimos anos, com avanços nas formas de produzir e se relacionar que já começam a alterar processos em diversos setores da sociedade. No cenário educacional, essa transformação já é uma realidade.

Dentro deste cenário, o Instituto Peck de Cidadania Digital (IPCD) acaba de elaborar um Manifesto para informar e promover uma abordagem ética, segura e responsável no uso da IAG na educação, de modo a destacar seus benefícios, mas também alertar para os riscos existentes, trazendo recomendações para seu uso em sala de aula, dentro de uma abordagem pedagógica, tanto por educadores, como por alunos e seus responsáveis legais.

O Manifesto conta com o apoio de um seleto  grupo de escolas de São Paulo que já adotam IAG, que inclui renomadas instituições de ensino como Colégio Dante Alighieri, Vital Brazil e Colégio Miguel de Cervantes, além do Instituto Norberto Bobbio (INB), Peck Advogados e Peck Sleiman Edu.

Segundo a diretora pedagógica do IPCD, Dra. Karina Kaehler, “a proposta surgiu da necessidade de estimular proposições positivas diante de uma ferramenta tão disruptiva. Isso porque se o recurso pode ser um aliado na sala de aula, ao possibilitar que os docentes alcancem mais eficiência e produtividade com a automatização de processos, pode também oferecer riscos, inclusive ao desenvolvimento do raciocínio lógico, crítico e criativo dos alunos”.

Para a Dra. Cristina Sleiman, conselheira do IPCD, “diferente de um mal que deve ser combatido, o Manifesto reforça que o uso da IAG propicia benefícios no contexto pedagógico de diferentes formas, pois ao facilitar e dinaminizar tarefas, é possível criar novas dinâmicas e oportunidades de aprendizados”.

Segundo Danielle Peck, também Conselheira do IPCD e que participou diretamente levando ações com o apoio do INB junto ao Colégio Dante Alighieri, dentro da proposta de educação cidadã em 2023, “o uso eficaz de aplicações de IAG, que envolve a garantia de completa transparência dos seus algoritmos, permite que os conteúdos sejam trabalhados de forma mais individualizada, com um caráter mais acessível e inclusivo, o que favorece a identificação, o pertencimento e o interesse dos alunos”.

Para a Dra. Patricia Peck, sócia e CEO do Peck Advogados, idealizadora da iniciativa e que foi conselheira titular do Conselho Nacional de Proteção de Dados (CNPD), coordenando na época de seu mandato o GT2 de Educação (2021-2023), “o Manifesto tem como premissa o uso ético, seguro e legal da IAG no ensino, com orientações e diretrizes para a sociedade, instituição de ensino, aluno, família e educadores no contexto das ações pedagógicas. Na sociedade digital, todos devem estar preparados para a IAG. Mas essa utilização precisa receber orientação e supervisão, como quando são passadas atividades de pesquisa com suporte da IAG, ou redação de textos, criação de imagens, videos, trabalhos em grupo, competições, entre outros. É preciso preparar o jovem para um mercado de trabalho onde a IAG será uma ferramenta do dia-a-dia, e cujo aprendizado precisa começar na Escola”.  

Para a Dra. Ana Piergallini, advogada especialista em Direito Digital que contribuiu para redação do Manifesto, “seja no ambiente acadêmico, ou mesmo nas interações sociais, o uso da IAG deve ser acompanhado de uma postura ética, responsável e respeitar os direitos individuais e coletivos, além de disseminar os preceitos da transparência, respeito aos direitos humanos, direitos autorais, direitos de imagem, segurança e legalidade, em busca da educação cidadã”.

Para ler o conteúdo na íntegra, você pode acessar aqui: https://bit.ly/3HSiHAY

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