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As práticas ESG, sigla quem vem do inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) já são realidade em diversas empresas brasileiras. Entretanto, de acordo com a Pesquisa Nacional ESG, que analisou o nível de implementação de práticas socioambientais e de governança em empresas de diferentes portes e setores econômicos, identificou que, das 1.560 empresas analisadas, 68% não possui indicadores ESG. Só 14% estão implementando, enquanto 5% disseram que já têm e seguem referencial externo, 3% já têm, mas que não seguem um referencial externo, e 10% estão em processo de implementação de indicadores socioambientais e de governança.
A boa notícia é que a área de tecnologia pode impulsionar a implementação de estratégias ESG e elevar o nível de aplicabilidade nas empresas. Uma pesquisa com CIOs de vários países conduzida pela Salesforce, divulgada em julho de 2023, mostrou que 73% dos líderes de TI estão preocupados com o impacto das ameaças ambientais em seus negócios. Ainda de acordo com o estudo, 79% dos entrevistados afirmam que suas organizações estabeleceram metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, e 87% destacam que as suas empresas têm condições de monitorar e relatar essas emissões de maneira eficiente.
Pensando nisso, com auxílio de Andrea Rivetti, CEO e fundadora da Arklok, uma das principais empresas no mercado de full outsourcing de infraestrutura de TI do Brasil, construímos uma lista com cinco dicas de como aderir ao ESG no setor de tecnologia.
“Para implementar as práticas na área de tecnologia, os CIOs precisam olhar para os pilares principais que envolvem o tema e desenvolver estratégias junto ao time que vão desde os desafios mais básicos aos maiores”, comenta a executiva.
1. Computadores mais eficientes
O uso de computadores com softwares mais rápidos evita que os servidores sobrecarreguem e operem em capacidade máxima, reduzindo assim o consumo de energia. Consequentemente, isso também diminui as emissões de carbono, o que auxilia no impacto negativo no meio ambiente, contemplado no E da sigla ESG.
“Para isso, é recomendada a atualização constante dos computadores, priorizando aplicativos mais rápidos e com maior nível de eficiência. Sendo importante também se atentar para a vida útil de cada máquina”, destaca Andrea Rivetti.
2. Infraestrutura de TI
Uma das soluções já bastante conhecidas quando o assunto é redução do consumo de energia e maior garantia da qualidade dos computadores e dispositivos utilizados é o outsourcing de infraestrutura de TI. Com essa prática, é possível ter acesso a equipamentos mais eficientes. Além disso, a CEO destaca que o outsourcing permite a gestão de resíduos eletrônicos, uma vez que há a possibilidade de alugar equipamentos seminovos de boa qualidade, evitando a compra de novos aparelhos e com o descarte correto, caso haja necessidade de troca, evitando a poluição que pode ser promovida com o descarte incorreto.
3. Diversidade e inclusão
A criação de políticas que promovam diversidade e inclusão também faz parte das atribuições do gestor de TI e contempla o social no ESG. Segundo dados da Woman in Technology, menos de 20% dos cargos das áreas de tecnologia no Brasil são ocupados por mulheres. Na América Latina, elas ocupam menos de 30% dos cargos de liderança no setor.
Segundo Andrea Rivetti, para mudar esse cenário, é importante a criação de programas de incentivo e capacitação que visem atrair e preparar mulheres para assumir esses cargos. “Além disso, a busca por profissionais diversos pode ser bem direcionada com vagas e programas de contratação assertivas”, comenta.
4. LGPD e segurança de dados
A LGPD (Lei Geral de Proteção de dados) também se relaciona com o ESG. Isso se dá justamente pela necessidade cada vez mais urgente de proteger os dados dos colaboradores e clientes das corporações.
“A LGPD é um agente de forte influência no setor de tecnologia, que pode ser um dos responsáveis por lidar com os dados. Seja em algum sistema interno, software ou para análise de dados. No ESG a lei tem relação maior com o Social, sendo de responsabilidade de cada empresa e colaborador, cuidar dos dados que trata”, destaca a CEO.
5. Monitoramento de resultados e busca constante pela melhora
Segundo a CEO da Arklok Andrea Rivetti, para que o ESG seja implementado de maneira eficaz é preciso monitorar os resultados de cada ação realizada. Um exemplo disso é observar e comparar o consumo de energia mês a mês para avaliar um possível impacto na redução da pegada de carbono.
“Mensurar é parte importante de qualquer projeto e para alcançar o tão sonhado posto de TI verde, é preciso que todo o setor se mobilize e observe os resultados obtidos com as mudanças promovidas pelo CIO e pelos gestores”, finaliza a CEO.
Sobre a Arklok
Fundada há mais de 14 anos pela CEO Andrea Rivetti, a Arklok é uma das principais empresas no mercado de full outsourcing de infraestrutura de TI do Brasil. Ou seja, faz locação de equipamentos de tecnologia, como notebooks, desktop, impressoras, smarthphones, entre outros itens para empresas com o objetivo de reduzir custos da infraestrutura corporativa. Com mais de 200 mil itens alocados e 900 clientes em carteira, a Arklok está presente em mais de 600 cidades em todo o território nacional.