26 de novembro de 2024

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Junho Verde chama atenção para a escoliose  

Foto: Freepik

Conhecida popularmente como “Coluna em S”, doença causa desvio de postura e dores excruciantes

São Paulo, junho de 2024 – A escoliose é uma doença que afeta a coluna vertebral alterando o seu alinhamento natural. A patologia provoca um desvio para o lado direito ou esquerdo do corpo e pode vir acompanhada de maior ou menor grau de rotação tridimensional da coluna vertebral. 

No mês de junho, a ortopedia utiliza a cor verde para unir esforços em prol da conscientização sobre a Escoliose. A pessoa afetada pela doença convive com o desnivelamento do tronco, mais perceptível nos ombros e cintura. Em casos de rotação da coluna, essa deformidade também é notada na irregularidade da caixa torácica. Segundo dados da OMS, a escoliose afeta entre 2% a 4% da população mundial.

O Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês e que realizou um mestrado europeu em saúde pública, diz que a escoliose é avaliada em graus, sendo que nos estágios iniciais ela é quase imperceptível. “A partir de 40, 45 graus de inclinação, indicamos o tratamento cirúrgico, para corrigir o alinhamento postural e evitar danos a outros órgãos do corpo, como coração e pulmões que, nesta etapa, são comprimidos”, afirma.

Saiba mais sobre a doença

A escoliose pode ser dividida em diferentes tipos. A partir do diagnóstico precoce, a ser realizado de forma simples por um especialista, medidas podem ser adotadas para evitar o agravamento do problema. Conheça os diferentes tipos e características a seguir:  

  • Idiopática: Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é caracterizada pelo desvio progressivo da coluna (conhecida popularmente como coluna em “S”). 
  • Congênita: malformação vertebral de múltiplos tipos, presentes ao nascimento, com progressão da deformidade e associadas a doenças neuromusculares;
  • Degenerativa: afeta adultos e é caracterizada por uma degeneração que progressivamente acomete os segmentos da coluna de forma desigual. Pode deixar a pessoa com um grave desvio da coluna no plano coronal (visto de frente) com o tronco totalmente descompensado e caído para um lado. Neste cenário, a patologia pode causar dores torturantes na coluna lombar e torácica;
  • Neuromuscular: apresenta progressão da curva deformante e tendem a ter indicação cirúrgica, pois no caso dessas patologias, é o desequilíbrio muscular que desenvolve a deformidade; ou seja, o desequilíbrio traciona um lado diferente do outro, causando, na grande maioria das vezes, uma deformidade progressiva que não vai parar ou diminuir com o término do crescimento, tendendo a progredir a deformidade de maneira contínua e irrestrita;
  • Escoliose pós-traumática: pode surgir após um trauma grave ou fratura na região da coluna vertebral. Seu aparecimento é mais comum após acidentes envolvendo carros ou motos.

Esta é uma doença progressiva que afeta mais de seis milhões de brasileiros. É muito importante seu diagnóstico precoce que é feito de modo simples e pode minimizar a sua evolução.

Por fim, o Dr. André Evaristo, afirma que ela pode ser diagnosticada precocemente permitindo o tratamento adequado. “Diante de qualquer discrepância, o paciente deve ser encaminhado ao especialista em coluna para acompanhamento e uso de coletes ortopédicos, se necessário. Este simples gesto pode evitar a sua evolução, que afeta jovens e pessoas de mais idade. Seu diagnóstico causa dores, prejudica a autoestima, além de alterar o desempenho do indivíduo em vários aspectos biomecânicos e de qualidade de vida”, finaliza o cirurgião de coluna.

Sobre o especialista

Dr. André Evaristo Marcondes – Ortopedista Especializado em Coluna – Mestre em Saúde Pública Global pela University of Limerick (Irlanda), possui especialização em Cirurgia de Coluna, em Ortopedia e Traumatologia, e graduação em Medicina pela Universidade de Marília. Preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC. É membro da North American Spine Society (NASS), Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e, atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, AACD e Grupo C.O.T.C. Centro de Ortopedia, Traumatologia e Coluna. Instagram: @dr.andrecoluna | dicasdrcoluna.com.br

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