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• Revista Menopause revela estudo sobre benefícios da TH (Terapia Hormonal) para mulheres acima dos 65 anos
Hormônios são substâncias químicas, produzidas por nossas glândulas, e responsáveis por todas as atividades metabólicas, imunológicas e reprodutivas no nosso organismo.
O universo hormonal feminino é bastante complexo e deve ser muito bem entendido por quem faz terapias hormonais em mulheres. Estas são diferentes em várias fases do mês, como na menstruação, na ovulação e no período pré-menstrual. Como são diferentes na sua evolução cronológica, ou seja, infância, puberdade, vida reprodutiva, gestação, lactação, climatério, menopausa e pós menopausa.
Um estudo recente da revista Menopause revelou os benefícios da TH (Terapia Hormonal) para a saúde da mulher acima dos 65 anos, assunto pouco explorado pela comunidade científica mundial.
Mas é muito importante salientar que a mudança de comportamentos e hábitos femininos aconteceu de maneira acentuada nos últimos anos, e isso impacta muito na conduta médica em terapias hormonais.
“Compreender todas as mudanças hormonais femininas, nas suas diversas etapas é de crucial importância para que possamos fazer terapias hormonais, quando necessárias”, explica o Dr. Ricardo Barone, ginecologista, especialista em medicina integrativa e longevidade.
As mulheres acima de 40 anos, quando os ovários já estão em processo de falência, estão no ápice das suas vidas profissionais, sexuais, além da liderança familiar. Sem contar ainda, as mulheres acima de 50 anos, com seus ovários na maioria das vezes falidos, e estas em plena forma física, mental e sexual, reforça om médico.
O especialista ainda aponta a importância de terapias hormonais sérias, individualizadas, responsáveis e que mantenham as mulheres em equilíbrio, seja na adolescência com TPM, na mulher madura com endometriose ou na paciente na fase da pós menopausa – ou seja, tanto para as mulheres que desejam engravidar quanto para as mulheres na maturidade que desejam qualidade de vida e bem-estar.
Terapia Hormonal na menopausa
Após a última menstruação há uma queda muito expressiva na produção de hormônios produzidos pelos ovários, sobretudo, o estrogênio, a testosterona e a progesterona. Essa condição pode contribuir para o surgimento de sintomas como irritabilidade, falta de sono, instabilidade de humor, falta de disposição, baixa libido, ressecamento da vagina, pele, cabelo e unhas, diminuição da secreção vaginal – levanto muitas vezes a dispareunia (dor genital que ocorre durante a relação sexual) , piora da memória e até casos mais graves, tais como, osteoporose e quadros depressivos.
Todos esses sintomas podem estar relacionados à queda abrupta dos hormônios com a chegada da menopausa. Os hormônios não fazem mal à saúde, aliás, são substâncias produzidas pelo nosso corpo, essenciais à vida ou qualidade de vida. “O que faz mal é a carência ou o excesso, ou seja, o desequilíbrio hormonal causado pela falência do ovário”, explica o Dr. Walter Pace, Professor Doutor em Ginecologia e Titular da Academia Mineira de Medicina.
Os hormônios possuem funções específicas e são fundamentais para garantir a dinâmica das atividades biológicas do corpo, pois regulam o crescimento, influenciam a vida sexual e promovem o equilíbrio interno, além de outros benefícios. O declínio da produção de hormônios como o estrogênio e a testosterona, por exemplo, podem acarretar episódios de depressão, falta de estímulo para conduzir situações do dia a dia e apatia.
“Nós médicos, temos o dever e a responsabilidade de atendermos às necessidades físicas, metabólicas, sexuais, psicoemocionais e reprodutivas destas mulheres nas mais diversas fases de suas vidas”, revela o Dr. Barone.
Hormônios sempre serão ferramentas valiosas e extremamente úteis quando bem utilizados, criteriosamente.
“Infelizmente, o uso indiscriminado, abusivo, sem critérios, sem conhecimento por parte de quem usa, em doses supra fisiológicas, pode levar ao desequilíbrio do organismo e sequelas para a saúde de diversas mulheres, afirma o Dr. Barone.
Terapias hormonais existem há muito tempo, estão em evolução, são extremamente úteis quando bem utilizados por profissionais sérios e hábeis na sua prática e podem ser muito prejudiciais à saúde feminina quando tentam atingir outros objetivos que não sejam o de tratar patologias e promover o bem-estar, equilíbrio e longevidade saudável para as mulheres.
Sobre Dr Ricardo Barone: Ginecologista. Formado pela Universidade Estadual de Londrina – PR. Pós-Graduação em Medicina Integrativa e Longevidade Saudável. Especialista em Terapias com Implantes Hormonais há mais de 10 anos. Embaixador da Elmeco.
Sobre Dr. Walter A. P. Pace – Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestrado em Reprodução Humana – Assistant Ètranger pela Universidade Paris V René Descarte e Doutorado em Ginecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor-Doutor e Coordenador Geral da Pós-Graduação de Ginecologia Minimamente Invasiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Titular da Academia Mineira de Medicina – Vice Presidente do PHD Pace Hospital. Médico do Centro de Endometriose do Hospital Santa Joana/SP.