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Especialista explica as diferenças e semelhanças entre os tipos da doença e suas implicações para o tratamento
A diabetes é uma enfermidade crônica que afeta milhões de pessoas no mundo todo. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, mais de 463 milhões de adultos vivem com a condição, e esse número deve aumentar para 700 milhões até 2045. A doença é caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar insulina de maneira eficaz, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Entender os diferentes tipos de diabetes é crucial para a prevenção, diagnóstico e tratamento adequados.
O médico e professor do curso de Medicina do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Boa Viagem, Cláudio Duarte, explica que existem diferenças e semelhanças entre os tipos de diabetes. “A tipo 1 é uma condição autoimune onde o sistema imunológico ataca e destroi as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Geralmente diagnosticada na infância ou adolescência, mas pode ocorrer em adultos. Os sintomas incluem sede excessiva, micção frequente, fome intensa, perda de peso inexplicável e fadiga. O tratamento envolve a administração diária de insulina e monitorização constante dos níveis de glicose no sangue”, ressalta.
Já a diabetes tipo 2 é a forma mais comum da enfermidade, representando cerca de 90% dos casos. Ela ocorre quando o corpo não usa a insulina de forma eficaz ou não produz insulina suficiente. Este tipo é frequentemente associado ao excesso de peso e à inatividade física, mas também pode afetar pessoas magras. Os sintomas incluem fadiga, visão turva, cicatrização lenta de feridas e infecções frequentes. O tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios, além de medicações orais e, em alguns casos, insulina.
“Durante a gravidez, a diabetes gestacional afeta mulheres que não tinham diabetes antes de engravidar. Este tipo é detectado por meio de exames de rotina entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. Fatores de risco incluem obesidade, histórico familiar e idade avançada da mãe. A diabetes gestacional pode aumentar o risco de complicações durante a gestação e o parto, além de aumentar a probabilidade de a mãe e o bebê desenvolverem diabetes tipo 2 no futuro. O tratamento geralmente envolve dieta e exercícios físicos, e em alguns casos, o uso de insulina”, diz o médico.
O termo pré-diabetes é usado para descrever níveis de glicose no sangue que são mais altos do que o normal, mas ainda não altos o suficiente para um diagnóstico de diabetes tipo 2. Indivíduos têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardíacas e derrames. Mudanças no estilo de vida, como perda de peso, aumento da atividade física e alimentação saudável, podem ajudar a prevenir ou retardar a progressão para a condição tipo 2.
“A diabetes é uma enfermidade complexa que exige um entendimento profundo de seus diferentes tipos e formas de tratamento. Independentemente do tipo, o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue, a adoção de hábitos saudáveis e a realização de exames regulares são essenciais para a gestão eficaz da doença. Se o indivíduo suspeita que pode ter diabetes ou está em um grupo de risco, deve procurar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados”, finaliza Cláudio Duarte.