21 de novembro de 2024

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Como o intraempreendedorismo pode impulsionar a inovação

Foto: Freepik

No ambiente corporativo atual, a inovação deixou de ser apenas uma vantagem competitiva e tornou-se uma necessidade fundamental para o desenvolvimento das empresas. Em um mercado em constante mudança, os líderes de inovação buscam formas de impulsionar suas organizações em seus setores, e uma estratégia eficaz é o intraempreendedorismo, que incentiva os colaboradores a se comportarem como empreendedores dentro da própria empresa.

O ecossistema empresarial brasileiro mostra-se promissor para a implementação de iniciativas e serviços voltados ao desenvolvimento da liderança e da cultura intraempreendedora. De acordo com o Diagnóstico do Planejamento Estratégico Participativo (PEP), 75% das empresas no Brasil planejam investir no intraempreendedorismo nos próximos anos, refletindo a crescente relevância dessa abordagem para a inovação e competitividade no mercado.

Intraempreendedorismo: ecossistema de colaboração
O termo refere-se a uma prática de desenvolvimento que fomenta uma cultura empresarial que apoia a criatividade e a inovação. Isso envolve a distribuição de liberdade e recursos necessários para que os colaboradores explorem suas próprias ideias, projetos e iniciativas. Com um ambiente que valoriza a experimentação, as empresas podem transformar sugestões internas em grandes inovações significativas.

Dentro desse conceito, existem duas modalidades principais: o valor agregado e o spin-off. O primeiro se concentra em projetos que atendem às necessidades dos clientes, agregando valor à marca e promovendo crescimento. Já os spin-offs são iniciativas que se afastam do core business da empresa, permitindo uma expansão ou diversificação que pode abrir novas oportunidades de negócios.

Benefícios da inovação interna
Ao implementar técnicas do intraempreendedorismo a empresa traz diversos benefícios à cultura empresarial. Ao incentivar essa prática não apenas cultivam um ambiente inovador, mas também melhoram a satisfação e a retenção de talentos. Colaboradores que se sentem valorizados e ouvidos tendem a ser mais engajados e produtivos.

Um exemplo de implementação da técnica é a John Deere, que, em colaboração com a AgTech Garage (PwC), lançou um programa de seis meses para promover intraempreendedorismo e inovação entre suas revendas na América Latina, com foco na melhoria da experiência do cliente. O programa incluiu encontros de capacitação e orientação para o desenvolvimento de projetos inovadores. A inclusão foi um pilar fundamental, com todas as atividades oferecidas em português e espanhol, reafirmando o compromisso da empresa em cultivar uma cultura de inovação e empreendedorismo em sua rede. Essa iniciativa permitiu que os colaboradores desenvolvessem soluções criativas, resultando em melhorias significativas tanto na atuação da empresa no mercado quanto na experiência do usuário.

Criação do ambiente de inovação colaborativa
Para que o intraempreendedorismo seja realmente eficaz, Daiane Almeida, mestre em ciências, estrategista e designer de negócios que atua na criação e desenvolvimento de startups acredita que as empresas precisam criar um ambiente propício e isso vai além de apenas reconhecer o potencial interno. “Não se trata apenas de reconhecer o potencial interno, mas de fornecer as ferramentas e o suporte adequados para que essas ideias se transformem em novos negócios.” Para ela é essencial fornecer as ferramentas e o suporte adequados para que essas ideias se transformem em novos negócios. Um programa estruturado de intraempreendedorismo pode ser o diferencial necessário para cultivar uma cultura de inovação.

Iniciativas como laboratórios de inovação e programas de mentoria são exemplos de como as empresas podem estimular essa mentalidade empreendedora dentro da sua cultura interna. Além disso, é crucial que haja um sistema de recompensas e bonificações para ideias que se destacam, incentivando assim uma participação ativa de todos os colaboradores. “Um ambiente que celebra a experimentação e o aprendizado constante é o solo fértil onde nascem as inovações mais disruptivas”, acrescenta a estrategista de negócios com passagem no time de dezenas de programas de apoio a startups e negócios de impacto socioambiental do país e com mais de 400 negócios diretamente apoiado em projetos para empresas como Meta, AdeSampa, Itaú, Mercado Livre, Natura e Sebrae. 

O futuro para o intraempreendedorismo
À medida que o intraempreendedorismo se torna uma alavanca essencial para a inovação, as empresas que adotam essa prática não apenas se preparam para enfrentar os desafios do mercado, mas também cultivam uma cultura organizacional vibrante e proativa. Em um mundo onde a única constante é a mudança, ser intraempreendedor pode ser a chave para garantir que as empresas permaneçam relevantes e competitivas. O futuro pertence àqueles que se atrevem a inovar de dentro para fora.

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