14 de novembro de 2024

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Última superlua do ano brilhará no céu nesta sexta-feira, dia 15

Foto: Pixabay

No dia 15 de novembro teremos uma superlua cheia. Nessa data, a lua cheia estará maior e mais brilhante, pois estará perto de seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra em sua órbita. O momento exato da Lua Cheia vai variar conforme o fuso horário, mas em horário de Brasília a Lua Cheia vai ocorrer precisamente às 18h28min.

Durante a Lua Cheia de 15 de Novembro, o satélite estará a cerca de 361.867 quilômetros de distância da Terra. Em média, a Lua se encontra a aproximadamente 384.400 quilômetros de distância de nós.

A Lua Cheia acontece quando o Sol e a Lua estão alinhados em lados opostos da Terra, iluminando 100% da face visível da Lua. Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante que o normal. O fenômeno será visível em todas as regiões do mundo, desde que o tempo esteja favorável.

O que é uma Superlua?

De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional (ON/MCTI), Dra. Josina Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP/ON), o termo “superlua” não possui uma base científica. Isso porque a expressão foi criada por um astrólogo chamado Richard Nolle, em 1979. Na revista Dell Horoscope, que já não existe mais, Nolle determinou que o termo “super” se aplicaria a uma lua cheia que ocorresse quando a Lua estivesse no perigeu ou até 90% próxima dele. Contudo, o motivo para essa escolha de 90% não é claro. Por ser um termo não científico, há divergências entre as instituições astronômicas quanto à distância da Lua em relação à Terra que define uma Superlua.

Alguns consideram que superluas são aquelas luas novas ou luas cheias que ocorrem com a Lua a uma distância da Terra de 360.000 km ou menor. Outros consideram pelo pouco tempo passado entre a data do perigeu (menor distância da Terra) e a data da Lua Nova ou Lua Cheia. De qualquer forma, o termo se popularizou e a comunidade científica passou a adotá-lo como forma de aproximar a ciência das pessoas.

Ainda segundo Josina, a Superlua pode ocorrer durante a fase cheia ou nova, perto do perigeu (ponto em que está mais perto da Terra), e aparece de uma a seis vezes por ano. No entanto, a distância entre a Terra e a Lua pode variar, já que a órbita lunar é elíptica, e não circular. Assim, ao longo de sua órbita, a Lua ora se aproxima, ora se afasta da Terra. Quando está no ponto mais próximo da Terra, chamamos de perigeu; já no ponto mais distante, é chamado de apogeu.

“Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante que o normal. O fenômeno será visível em todas as regiões do mundo, desde que o tempo esteja favorável”, acrescenta Josina. A astrônoma também explica que todas as luas cheias surgem no horizonte (a leste) quando o Sol se põe (a oeste) e desaparecem no oeste quando o Sol nasce (a leste), permitindo que a Lua seja visível durante toda a noite.

Em 2024 tivemos quatro superluas cheias: em 19 de agosto, 18 de setembro, 17 de outubro e agora em 15 de novembro. Esta do dia 15 de novembro agora vai ocorrer com a Lua a uma distância de 361.867 km e não é considerada superlua pela definição da distância, mas a Lua Cheia vai ocorrer com diferença de 1 dia e meio data do perigeu, então é superlua pela definição de tempo.

A maior Superlua de 2024 ocorreu em 17 de outubro, quando a Lua ficou a aproximadamente 357.364 quilômetros da Terra e ocorreu a menos de 12 horas do instante do perigeu. Em 2025 teremos somente 3 superluas, sendo somente duas com a Lua a menos de 360.000 km da Terra e sendo a de 5 de novembro de 2025 a maior superlua do ano.

Sobre o Observatório Nacional

Fundado em 1827, o Observatório Nacional (ON) é uma Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que desempenha um papel fundamental na construção e desenvolvimento dos campos científicos da Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência no Brasil, nas quais realiza pesquisa, desenvolvimento e inovação, com reconhecimento nacional e projeção internacional. Suas atividades incluem a formação de pesquisadores em cursos de pós-graduação, geração, conservação e disseminação da Hora Legal Brasileira e a divulgação e popularização do conhecimento científico produzido. Saiba mais em: http://www.on.br/

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