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Assim como pela primeira vez o dia 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, será celebrado como feriado nacional, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) terá uma iniciativa inédita este mês: o ciclo de eventos “Mês da Consciência Negra Iphan”, pensado como uma estratégia institucional ampla de promoção do patrimônio cultural de matriz africana. A idealização é do Comitê Permanente para Preservação do Patrimônio Cultural de Matriz Africana (Copmaf), criado pelo Instituto em 2023, e conta com o engajamento das diferentes unidades e superintendências do Instituto, que propuseram ações com parceiros de diferentes níveis da federação e da sociedade civil.
Embora eventos voltados ao patrimônio de matriz africana e celebração da consciência negra já sejam realizados no Instituto, a reunião dessas ações em uma grande iniciativa marca um passo institucional importante para a valorização desse patrimônio.
“Ao longo deste mês, nossos departamentos, superintendências estaduais e unidades especiais estarão especialmente voltados para ações de valorização do patrimônio de matriz africana e, mais do que isso, em atividades que possam envolver e conectar a sociedade com o tema. Seguimos engajados em projetar e apresentar o Brasil real para si mesmo, um Brasil negro, diverso, e que muito nos orgulha”, afirma o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Mês da consciência negra no Iphan
Na programação do “Mês da Consciência Negra”, estão presentes eventos internos e especialmente voltados ao público externo até o dia 30 de novembro, buscando aproximar o patrimônio cultural de matriz africana e o cidadão. O primeiro deles foi a mesa redonda de abertura do 1º Módulo de Aulas da Turma 2024 do Mestrado Profissional do Iphan, com o tema “Políticas Públicas de Ação Afirmativa”, disponível no canal do CLC.
A amplitude temática e nacional dos eventos previstos são destaque nessa primeira edição, de acordo com Bruna Ferreira, coordenadora do Copmaf. “As ações estão relacionadas a bens como territórios quilombolas e saberes tradicionais dos povos de terreiro, o ofício da baiana de acarajé, as matrizes do samba no Rio de Janeiro, além de outras manifestações que evidenciam a multiplicidade e abrangência territorial dessa matriz cultural no país e o grande destaque que merece a herança africana na formação da identidade brasileira”, explicou Ferreira, que aponta como eixo aglutinador das ações o fortalecimento das bases do Sistema Nacional do Patrimônio.
“Grande parte das ações será realizada em parceria com entidades e associações municipais e estaduais, destacando o papel do Iphan como aliado das instituições de educação, cultura e promoção da igualdade racial e dos direitos humanos nos territórios. Assim, o Iphan também se alinha ao esforço nacional pela inclusão de um novo Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, o ODS 18 – Igualdade Étnico-Racial, no rol dos ODS’s da Organização das Nações Unidas”, completou.
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