18 de abril de 2025

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Menor taxa de jovens “nem-nem” no Brasil acende debate sobre qualificação e mercado de trabalho

Crédito: Divulgação Brasil Júnior

Movimento Empresa Júnior oferece experiência prática para estudantes em um mercado que exige cada vez mais capacitação

O Brasil registrou, em 2024, a menor taxa histórica de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam, não trabalham e nem procuram emprego, conhecidos como “nem-nem”. Segundo dados recentes do IBGE, 21,2% dessa faixa etária — cerca de 10,3 milhões de pessoas — estão nessa condição. Embora o número tenha caído, desafios como desigualdades de gênero e falta de oportunidades de qualificação prática ainda impactam significativamente a inserção de jovens no mercado de trabalho.

As disparidades de gênero são um dos principais pontos levantados pela pesquisa. Entre os jovens “nem-nem”, 65% são mulheres, muitas responsáveis por afazeres domésticos e familiares, enquanto os homens representam 35%. 

Nesse contexto, muitos jovens se envolvem em iniciativas como as empresas juniores, que oferecem experiência prática e oportunidades de crescimento profissional, ao mesmo tempo em que optam por ser seus próprios chefes. Organizações como a Brasil Júnior são exemplos desse movimento, no qual universitários aplicam seus conhecimentos acadêmicos para criar negócios e apoiar o desenvolvimento de pequenos empreendimentos.

Segundo Elias Gabriel, Presidente Executivo da Brasil Júnior (Confederação Brasileira de Empresas Juniores), as empresas juniores oferecem aos estudantes a oportunidade de aplicar seus conhecimentos teóricos em projetos reais e prestar serviços de qualidade a preços acessíveis.

A seguir, ele explica como esse modelo beneficia tanto os estudantes quanto os pequenos negócios.

O que é uma empresa júnior e qual é o seu papel?

Uma empresa júnior é uma organização sem fins lucrativos, formada e gerida por estudantes universitários. O objetivo é proporcionar experiência prática em suas áreas de estudo, além de fornecer serviços de consultoria e desenvolvimento de projetos para empresas e a sociedade em geral.

Como as empresas juniores são regulamentadas no Brasil?

No Brasil, as empresas juniores são regulamentadas pela Lei nº 13.267, conhecida como Lei da Empresa Júnior, sancionada em 2016. Essa legislação formaliza a participação das universidades e garante o suporte necessário para o funcionamento das EJs.

Como as empresas juniores funcionam na prática?
Essas empresas são organizadas em três níveis: núcleos (regionais), federações (estaduais) e confederações (nacionais). Cada nível apoia e orienta as empresas juniores a ele vinculadas, garantindo a qualidade dos serviços prestados e a formação contínua dos membros.

Como um estudante pode participar de uma empresa júnior?

O estudante precisa estar matriculado em uma universidade cadastrada no movimento de empresas juniores, que é coordenado pela Brasil Júnior. Isso garante o suporte acadêmico e prático para que ele atue em projetos reais.

Como essa experiência impacta a carreira dos estudantes?

Participar de uma empresa júnior permite que os estudantes apliquem o que aprendem na universidade diretamente no mercado. Eles desenvolvem habilidades de gestão, trabalho em equipe e liderança, que são muito valorizadas pelo mercado de trabalho.

Por que os pequenos negócios devem contratar uma empresa júnior?

As empresas juniores oferecem serviços de alta qualidade com preços reduzidos, já que o foco está no aprendizado dos estudantes. Com o suporte de professores e o acesso a laboratórios universitários, esses projetos mantêm um padrão elevado.

Quem pode contratar os serviços de uma empresa júnior?

Qualquer pessoa, empresa ou entidade pode contratar uma empresa júnior. Pequenos e médios empreendedores costumam encontrar uma excelente relação custo-benefício nesses serviços, com projetos inovadores e eficientes.

Quais são os principais benefícios para quem contrata? 

As empresas juniores oferecem serviços de qualidade a um custo reduzido, já que não visam lucro. Além disso, trazem inovação, com soluções atualizadas e eficientes, e contribuem para a formação de futuros profissionais. Muitos projetos também têm impacto social, ajudando a resolver desafios comunitários.

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