Foto: Freepik
Formação continuada deve oferecer suporte para o desenvolvimento de competências socioemocionais
Com a finalidade de acompanhar as constantes mudanças no cenário da educação no País e preparar os alunos para o futuro, é fundamental que os docentes tenham uma capacitação de qualidade, prática e conectada à realidade escolar. Para a psicopedagoga e escritora Paula Furtado, a ampliação da formação continuada é essencial para garantir que ela seja acessível e que prepare os professores para melhor dialogar com a diversidade cultural e social, além de capacitá-los para atender as necessidades educacionais especiais dos alunos. “Também é fundamental valorizar os docentes, promovendo seu bem-estar, reconhecimento social e financeiro e acesso a recursos adequados, para que possam desempenhar um papel de transformar a sociedade por meio da educação”, reforça a profissional.
Segundo a profissional, muitos professores no Brasil ainda não se sentem totalmente preparados para atender alunos com deficiência. De acordo com dados de 2022, aproximadamente 94% dos professores não possuem formação continuada em Educação Especial. Além disso, uma pesquisa realizada pela Nova Escola revelou que apenas 22% dos educadores se consideram preparados para trabalhar com estudantes com deficiência. “Esses números indicam a necessidade urgente de investimentos em um aperfeiçoamento contínuo e uma capacitação específica para que os docentes possam promover uma educação verdadeiramente inclusiva”, pontua a psicopedagoga.
Ainda assim, Paula Furtado destaca que atualmente a capacitação tem passado por transformações significativas para atender às demandas da sociedade contemporânea, pois incentiva os orientadores a se atualizarem constantemente para acompanhar as inovações pedagógicas e as exigências dos alunos. “Observo uma ênfase na abordagem interdisciplinar que integra conhecimentos de áreas como Psicologia, Neurociência e Tecnologia Educacional. Também percebo uma valorização da educação inclusiva, o que favorece práticas que atendam à diversidade dos educandos”.
A Psicopedagogia, ainda na visão da profissional, enfatiza a importância de considerar as habilidades cognitivas, emocionais e sociais no desenvolvimento do formando, e garante uma abordagem holística para instrui-lo nas adversidades da vida cotidiana. “Ao integrar esses princípios na formação continuada, os educadores estarão mais aptos a fomentar nos alunos a capacidade de aprender a aprender e promover seu crescimento integral, preparando-os para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo”, finaliza.
Sobre Paula Furtado
Paula é pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares.
Paula Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre a importância de contar histórias.
Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora conclui suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.