15 de abril de 2025

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Fundação Arymax apoia evento internacional sobre economia do cuidado na USP

Foto: Freepik

Colóquio “Cuidado, Direitos e Desigualdades” ocorrerá  entre os dias 14 e 16 de abril na USP (Universidade de São Paulo), reunindo mais de 40 especialistas internacionais;

No evento também será lançado o Observatório “Cuidado, Direitos e Desigualdades”, iniciativa permanente da Rede CuiDDe

São Paulo, abril de 2025 – Entre os dias 14 e 16 de abril, mais de 70 pesquisadores, sendo 40 internacionais, estarão reunidos no Colóquio Internacional “Cuidado, Direitos e Desigualdades”, na Casa de Cultura Japonesa, no campus Butantã da USP (Universidade de São Paulo) para apresentar estudos inéditos sobre mercado de trabalho e economia do cuidado, direitos dos trabalhadores e políticas públicas em diferentes países. O evento foi organizado pela Universidade de São Paulo, por meio do seu Departamento de Sociologia e do Observatório  das Instituições Brasileiras (COI), em parceria com o Centro Brasileiro de  Análise e Planejamento (Cebrap) e conta com apoio da Fundação Arymax, Fapesp CNPq, Capes, Fundação José Luiz Egydio Setubal e Open Society Foundation e do Ministério do Desenvolvimento Social e Ministério das Mulheres.

O colóquio marca o encerramento do projeto Who Cares? Rebuilding Care in a Post Pandemic World, conduzido desde 2022 pela socióloga Nadya Araujo Guimarães, professora titular sênior da USP, com equipes de especialistas no Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, França e Reino Unido.

A superintendente da Fundação Arymax, Vivianne Naigeborin, que atua e desenvolve estudos e pesquisas sobre a economia do cuidado, reforça a importância de a sociedade discutir ações e regulamentação para o tema. “Embora invisibilizadas, as atividades relacionadas ao cuidado geram um impacto enorme não só na vida dos envolvidos, mas também na economia. Não há solução fácil para colocar a economia do cuidado no patamar de potencial que ela tem, mas é preciso garantir que essa seja uma escolha do país”, diz Vivianne. “É urgente olhar para esse tipo de trabalho, desenvolvido à margem da regulamentação e dos direitos trabalhistas, e reconhecer a economia do cuidado enquanto um setor promissor para a inclusão produtiva no Brasil”, complementa.

Estudo da pesquisadora Jordana de Jesus, de 2018, calculou um valor monetário para o trabalho não remunerado do cuidado usando dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e revelou o montante de R$580 bilhões, o que significava à época 10% do PIB do Brasil. A Fundação Arymax também desenvolveu o estudo “O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, junto com Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Telefônica Vivo e Juventudes Potentes, em 2023, que revelou que as carreiras do futuro estão nas chamadas economias emergentes, sendo uma delas a do cuidado.

Rede CuiDDE sugere políticas

No Brasil, a Rede CuiDDE – Cuidados, Direitos e Desigualdades, sediada no Cebrap, reúne os profissionais dedicados à agenda de estudos sobre o tema que fazem parte do projeto internacional. Trata-se de uma rede nacional, interinstitucional e interdisciplinar que conta com o apoio da Fundação Arymax, CNPq e Fapesp. Os dados nacionais geraram sugestões de políticas em diversos campos como o da qualificação profissional para o trabalho de cuidado, o das políticas de proteção a trabalhadores e trabalhadoras (remunerados ou não) e as formas de inclusão do cuidado na legislação e na arquitetura jurídica brasileira. A rede também participou do debate público sobre a Política Nacional de Cuidados (Lei 10.569/2024), com membros integrando grupos técnicos interministeriais.

Durante o evento, será lançado o Observatório “Cuidado, Direitos e Desigualdades”, iniciativa permanente da Rede CuiDDe. As publicações, lives e seminários do projeto estão disponíveis no site.

Serviço

Colóquio Internacional “Cuidado, Direitos e Desigualdades”

Data: 14, 15 e 16 de abril

Local: USP – Casa da Cultura Japonesa – Campus Butantã

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