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A pressão alta, quando não tratada, pode provocar lesões no coração, cérebro, rins e em outros órgãos
Genética e estilo de vida estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão, condição crônica marcada pelos níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias. Um dos principais fatores de risco para a ocorrência de infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e renal, cegueira e até demência, afeta quase 28% dos brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
A chamada pressão alta integra o grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e pode ser primária ou secundária. “O tipo mais comum é a primária, sem causa definida, sendo responsável por 90% dos casos. Já a secundária ocorre em consequência de outros problemas de saúde, como doenças renais e endócrinas. Quando as enfermidades de base são tratadas, aumenta-se as chances de cura ou controle da pressão”, explica Juliana Pato (CRM-BA 28195 / RQE-BA 22912), médica especialista em cardiologia e em imagem cardiovascular.
Devido à ausência de sintomas, especialmente nas fases iniciais, a medição da pressão é recomendada em toda consulta médica, pelo menos 1 vez ao ano, em adultos e crianças maiores de 3 anos. Para as pessoas com histórico familiar ou condições associadas, pode ser indicado o acompanhamento a cada três ou seis meses. Essa regularidade ajuda a evitar episódios de urgência ou emergência hipertensiva.
“Variações de pressão arterial (PA) ao longo do dia são normais, sobretudo durante a prática de atividades físicas ou situações de estresse, em que é esperado um aumento fisiológico da pressão. As complicações da hipertensão ocorrem ao longo de anos de pressão elevada, levando a lesão silenciosa de órgãos como os rins, coração e olhos. Aumentos abruptos da pressão também podem ser preocupantes, uma vez que podem resultar em complicações agudas, chamada de emergência hipertensiva.” – ressalta a médica.
Meios de controle
Apesar de relacionada a fatores de risco modificáveis, a exemplo de sedentarismo, tabagismo e obesidade, a hipertensão não tem cura. De acordo com Juliana Pato, a prevenção começa com a adoção de hábitos saudáveis – o que inclui alimentação balanceada, dieta com pouco sal, controle de peso e prática de atividade física 150 minutos por semana, no mínimo.
A especialista ainda destaca que a aferição periódica dos níveis favorece o diagnóstico precoce. “Na maioria dos casos, a doença é detectada quando os valores da pressão ultrapassam os 140/90 mmHg em mais de uma visita ao consultório médico. A confirmação ainda pode depender da monitorização residencial e/ou realização da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) de 24 horas. Os pacientes com PA de 135–139/85–89 mmHg já são considerados pré-hipertensos”, afirma.
Aliados do diagnóstico e tratamento
Assim como os exames de imagem (eletrocardiograma, ecocardiograma, doppler de carótidas, escore de cálcio coronariano, entre outros) e os testes feitos em casa, os de laboratório também dão suporte ao diagnóstico. Glicemia, colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, potássio e sumário de urina são alguns dos que contribuem para o controle da doença e identificação de complicações.
“Além de auxiliar o monitoramento de parâmetros que participam metabolismo humano, esses testes ainda são relevantes para a introdução do tratamento adequado, pois fornecem dados quantitativos que apontam os quadros hipertensivos e baseiam os médicos na indicação da melhor abordagem de controle”, diz Marcus Machado (CRF-BA 2464), farmacêutico bioquímico e diretor técnico do IHEF Laboratório. O tratamento contra a pressão alta acontece por meio de mudanças no estilo de vida, uso diário das medicações receitadas por um profissional e de consultas anuais para rastreio de complicações. “Exames que analisam a quantidade de hormônios capazes de elevar a PA, a exemplo de angiotensina II e vasopressina, também auxiliam na investigação de complicações atreladas”, pontua o farmacêutico bioquímico.
SOBRE O IHEF
O IHEF (Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana), foi fundado em 1983, objetivando proporcionar a todos os pacientes do estado da Bahia, diagnóstico e tratamentos das doenças do sangue. Após anos de atuação, o IHEF expandiu para as áreas de medicina laboratorial, diagnóstico por imagem, medicina nuclear e vacinas, dando origem ao Sistema de Saúde IHEF, o mais completo serviço de saúde não hospitalar do interior da Bahia.
Desde 2014 é prêmio Top of Mind no segmento laboratorial em Feira de Santana e também vencedor do prêmio Benchmarking Bahia por duas vezes, na categoria Compliance, como o melhor laboratório do interior da Bahia. O IHEF Laboratório possui certificação de qualidade ISO 9001.