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Em reunião virtual com 17 líderes mundiais, copresidida pelo presidente Lula e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente Xi Jinping reafirmou o compromisso da China com o enfrentamento das mudanças climáticas, reforçando a importância de preservar sistemas internacionais baseados nas Nações Unidas. O anúncio acontece mesmo diante do avanço do unilateralismo e do protecionismo por parte de algumas nações.
Para Marcus Nakagawa, professor e coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental, a China representa um contraponto relevante ao movimento de recuo observado nos Estados Unidos após a eleição de Donald Trump, demonstrando comprometimento com a agenda climática global. “Esse posicionamento pode influenciar diretamente os processos internos de gestão das empresas, especialmente em relação às emissões de gases de efeito estufa, e pressionar por novas exigências em cadeias de importação. Com seu peso político e comercial, a China tem o potencial de impulsionar outros países e empresas a seguirem o mesmo caminho.”
Ainda este ano, a China deve apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) atualizadas para 2030 e 2035, com metas que devem abranger todos os setores econômicos e todos os gases de efeito estufa — superando o foco atual no dióxido de carbono.
Já o Brasil, anfitrião da próxima cúpula climática da ONU, pretende liderar um esforço diplomático para que Europa e demais economias emergentes adotem metas climáticas mais ambiciosas, alinhadas ao objetivo de manter o aquecimento global abaixo de 2 °C.
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