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Na região Nordeste, Salvador subiu 52 posições na cliassificação geral e Recife evoluiu 8% na nota por conta do aumento de alocação de recursos para instalações culturais e esportivas. O ranking avalia cidades de todas as regiões do país.
São Paulo, 28 de abril de 2025 – A Bright Cities, plataforma tecnológica referência em diagnósticos de cidades no Brasil que possui uma metodologia exclusiva de avaliação de serviços urbanos prestados pelos Municípios, divulga a terceira edição do estudo que avalia o ranking nacional das cidades mais sustentáveis do país.
O ranking avalia cidades com mais de 100 mil habitantes que, segundo dados do IBGE 2024, são 336 municípios. Dentre os 104 indicadores da norma ABNT NBR ISO 37120 de cidades sustentáveis, a qual padroniza indicadores de serviços urbanos e qualidade de vida com vistas à construção de cidades e comunidades sustentáveis, foram selecionados 43 indicadores para compor o Ranking, e estes foram divididos em 5 pilares temáticos: Prosperidade, Gestão, Bem-Estar, Segurança e Infraestrutura e Serviços Básicos.
No pilar Prosperidade avalia indicadores como: Número de empresas por 100.000 habitantes; Porcentagem da população com emprego em tempo integral; Número de novas patentes por 100 000 habitantes Conectividade aérea (número de partidas de voos comerciais sem escalas); Porcentagem da população da cidade vivendo abaixo da linha nacional de pobreza; Número de sem-teto por 100 000 habitantes; Número de acessos à Internet por 100 000 habitantes; e, Número de acessos à telefonia móvel por 100 000 habitantes. Com esta análise, a prosperidade de uma cidade seguindo os indicadores essenciais da ISO 37120, pode ser avaliada tomando como base critérios como economia, inovação, infraestrutura e condições sociais.
A Gestão de um município pode ser avaliada por sua Taxa de endividamento (gasto do serviço da dívida como uma porcentagem da receita própria do município); suas Despesas de capital como porcentagem de despesas totais; a Porcentagem da receita própria em função do total das receitas; sua Porcentagem de mulheres eleitas em função do número total de eleitos na gestão da cidade; e, pela Participação dos eleitores nas últimas eleições municipais (como porcentagem dos eleitores registrados). Com os resultados destes indicadores, os governos municipais podem avaliar fatores que impactam a qualidade da gestão, com análises que vão desde as finanças até a igualdade de gênero na política.
A Norma ISO 37120 elenca 14 indicadores para analisar o pilar Bem-Estar. Sendo que Esses indicadores são Porcentagem de estudantes com ensino primário completo: taxa de sobrevivência; Porcentagem de estudantes com ensino secundário completo: taxa de sobrevivência; Relação estudante/professor no ensino primário; Porcentagem de população em idade escolar matriculada em escolas; Porcentagem do orçamento municipal alocado para instalações culturais e esportivas; Número de leitos hospitalares por 100.000 habitantes; Número de médicos por 100.000 habitantes; Taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos a cada 1.000 nascidos vivos; Número de pessoas da equipe de enfermagem e obstetrícia por 100.000 habitantes; Taxa de suicídio por 100.000 habitantes; Porcentagem da população da cidade com sobrepeso ou obesa – Índice de Massa Corporal (IMC); Emissão de gases de efeito estufa medida em toneladas per capita. Este ano, dois novos indicadores foram incluídos na avaliação: Porcentagem da população da cidade desnutrida e Porcentagem de áreas designadas para proteção natural.
No pilar Segurança, até a edição passada, eram analisados quatro indicadores, sendo eles, Número de mortes relacionadas a incêndios por 100.000 habitantes; Número de mortes relacionadas a desastres naturais por 100.000 habitantes; Número de mortes causadas por acidentes industriais por 100 000 habitantes; Mortes no trânsito por 100.000 habitantes e, na edição de 2025, foi incluído o indicador Taxa de homicídio (homicídios/100.000 habitantes), visando aprimorar a avaliação deste setor e possibilitar uma análise mais completa da situação da segurança das cidades analisadas.
O pilar de Infraestrutura e Serviços Básicos do Ranking Bright Cities avalia os serviços de água, esgoto, resíduos sólidos e energia, por meio dos indicadores: Porcentagem da população da cidade com coleta regular de resíduos sólidos (domiciliar); Total de coleta de resíduos sólidos municipais per capita; Porcentagem de resíduos sólidos urbanos que são reciclados; Porcentagem da população da cidade com serviço de abastecimento de água potável; Consumo doméstico total de água per capita (litros/dia); Taxa de conformidade da qualidade da água potável; Consumo total de água per capita (litros/dia); Duração média de interrupção do abastecimento de água, em horas por domicílio por ano; Porcentagem de perdas de água (água não faturada); Porcentagem da população da cidade atendida por sistemas de coleta e afastamento de esgoto; Duração média de interrupção do fornecimento de energia elétrica em horas por domicílio por ano. Esses serviços são cruciais para o desenvolvimento e bem-estar das cidades e de seus habitantes. Uma infraestrutura eficiente e bem desenvolvida, que fornece esses e outros serviços básicos, é essencial para o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida.
Na classificação geral, apenas o estado de São Paulo aparece, alcançando as cinco primeiras posições do Ranking, sendo Barueri, mais uma vez a primeira colocada, com uma média de 6,97. Em seguida vem São Caetano com 6,96, Jundiaí com 6,70, São Paulo com 6,65 e Santos com 6,58.
O Nordeste do país aparece representado na classificação geral dos municípios por Recife (1º) e Fortaleza (2º), Salvador (3º) Campina Grande (4º), e Aracaju (5º). Nesta região, os destaques vão para Salvador, cuja nota subiu 12% e avançou 52 posições no ranking geral. Entre os fatores que podem ter contribuído para esta melhora em sua posição geral, esta a queda de 12,28% na taxa de mortalidade infantil. Já Recife, subiu 38 posições aumentando em 8% sua nota geral. Entre os diversos pontos que a cidade evoluiu, vale mencionar a alocação de recursos em instalações esportivas e culturais.
Dos sete estados da Região Norte, apenas três estão representados na classificação geral do Ranking. Palmas, no Tocantins, consolidou sua posição apresentando um aumento de 8% na nota geral em relação ao Ranking anterior. Este resultado deve-se a sua performance nos pilares Segurança e de Infraestrutura e Serviços. No segundo lugar, aparece Araguaína (TO), Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Belém (PA). Um dos grandes destaques da região é Manaus que não só subiu 74 posições na classificação geral como também foi o município com o maior aumento na nota entre as cidades premiadas, com uma melhora significativa no pilar Prosperidade.
Na região Centro-Oeste, Brasília, DF, Cuiabá, Goiânia, Rio Verde e Anápolis, foram as primeiras colocadas, e Goiás é o estado com mais municípios bem colocados na classificação geral. Brasilia se consolida na primeira posição, mas o destsque da região é Cuiabá, que sobe 47 posições na classificação geral e aumenta 8% sua nota, em relação ao Ranking anterior.
Na região Sudeste, apenas municípios do estado de São Paulo conseguiram se classificar no ranking, sendo as cinco primeiras colocadas: Barueri, São Caetano do Sul, Jundiaí, São Paulo e Santos foram as cinco primeiras colocadas na classificação geral da região. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, aparecem em 10º, 7º e em 31º lugares, respectivamente.
Na região Sul, Curitiba, no Paraná, foi o município com melhor colocação seguido por Pinhais, Florianópolis, Campo Largo e Francisco Beltrão. Vale destacar que este é o segundo ano, consecutivo, que Curitiba fica em primeiro lugar. Pinhais e Francisco Beltrão estrearam entre os top cinco, sendo que, Pinhais teve um aumento expressivo em sua nota que a elevou em 28 posições em relação a edição anterior e, Francisco Beltrão, que não apareceu entre as cinco nas duas primeiras edições do Ranking, aparece na quinta posição desta edição, em consequência aos bons resultados nos pilares de Bem-Estar, Segurança e Infraestrutura.
A plataforma Bright Cities reúne e utiliza informações de mais de cinco mil municípios brasileiros para traçar diagnósticos e indicar soluções capazes de melhorar a eficiência da gestão pública e a assertividade na tomada de decisões, contribuindo para converter gradualmente cidades de qualquer porte ou nacionalidade em cidades inteligentes.
Na plataforma, o município conta com suporte da equipe de especialistas que agiliza o processo de coleta, padronização dos indicadores e criação das evidências necessárias, seja para uma certificação ou para implantação de políticas públicas, com suporte total para as secretarias na gestão dos dados.