28 de novembro de 2024

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Cinco meses para o Enem: como driblar as distrações e ser produtivo nos estudos

Foto: Freepik

Em 2023, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece nos dias 5 e 12 de novembro. Restam cinco meses para recapitular o conteúdo aprendido ao longo de três anos. Para quem não pegou firme na preparação, ou ainda nem começou, será que dá tempo de estudar para o Enem? Para o professor Paulo Jubilut, CEO e fundador da plataforma digital de educação Aprova Total, especializada na preparação de alunos para o Enem e vestibulares, este é o momento ideal para se organizar, estabelecer prioridades e chegar com mais confiança para o exame. 

“Uma vez que o estudante define uma estratégia, começa a evoluir na jornada de aprendizagem de um jeito mais otimizado do que se estivesse seguindo o método tradicional. A cereja do bolo é quando, além da estratégia, ele consegue equilibrar o estado emocional. É nesse momento que é aprovado onde quiser”, explica Jubilut.  

Numa realidade em que os brasileiros passam em média três horas e 46 minutos por dia conectados às redes sociais, é essencial criar mecanismos para estar blindado de interrupções e estabelecer uma rotina efetiva para ser aprovado. Confira as dicas compartilhadas pelo professor: 

  1. Atrele boas emoções aos seus estudos

Quanto mais associar sentimentos positivos ao assunto que está estudando, mais chances existem de o cérebro lembrar-se desse tema. O professor exemplifica: “Se a aprendizagem de genética é atrelada à alegria por considerar que, entendendo essa matéria, está mais perto do grande sonho de se tornar um médico, será mais fácil retomar o que foi aprendido em genética no futuro.” 

Uma vez que aprender não é uma ação apenas racional, mas também afetiva, muitos professores buscam em paródias e piadas caminhos para que o conteúdo seja facilmente absorvido e relembrado pelos estudantes. 

  1. Coloque absolutamente tudo em prática

Às vezes, o conteúdo é compreendido em sala de aula, mas já em casa não está mais fresco na memória — nem mesmo relendo as anotações, as informações entram na cabeça. Isso acontece porque o assunto não está sendo praticado. “Uma excelente maneira para tentar fixar tudo aquilo que estudou é se colocar no papel de professor e ensinar sobre o assunto para um colega ou familiar. Outra ideia é montar um grupo de estudos com amigos, e cada um ensinar um determinado tema semanalmente”, sugere Jubilut. 

Os exercícios e simulados também ajudam a sistematizar um determinado assunto. Assim o aprendizado teórico terá uma utilização prática, e isso mudará completamente a forma de tratar o conteúdo. É no momento de solucionar as questões que os alunos conseguem perceber suas fragilidades, assim como suas potencialidades. Descobrindo, então, quais os conteúdos que ainda precisam de reforço e mais estudos. 

  1. Elimine as fontes de distração durante a aprendizagem

Para se ter uma aprendizagem bem-sucedida, é necessário focar totalmente nos estudos. É necessário colocar de lado tudo o que possa distrair, como as redes sociais, a televisão e as mensagens nos aplicativos de conversas. “Se você define para onde vai a sua atenção, o aprendizado acontece muito mais rápido. Estudar tendo sempre que retomar o ponto em que parou ou foi interrompido vai deixar a aprendizagem mais lenta e levar ao desgaste mental. A dica é ter um local de estudos reservado e silencioso”, orienta Jubilut. 

Outra proposta é a criação de uma rotina com interrupções planejadas, determinando horários para alongar o corpo, comer, conversar ao celular, fazer exercícios ou resolver problemas do dia a dia. 

  1. Exercite além do seu cérebro

O corpo e a mente devem trabalhar juntos nessa fase de estudo. O organismo precisa estar bem alimentado, hidratado e descansado para aprender bem. “O sono exige uma atenção especial. É importante seguir a quantidade de horas indicada por especialistas — de seis a oito horas — para dar tempo de ocorrerem todos os processos necessários para a fixação das memórias de longo prazo”, aconselha o professor. 

Além da alimentação saudável e do consumo de água, as atividades físicas também fazem parte da lista. Escolher um exercício prazeroso ajuda a manter a frequência. “Os exercícios regulares contribuem com a produção de hormônios do bem-estar, como a endorfina e a serotonina, que sem dúvida melhoram a motivação durante os estudos para o vestibular, diminuem o estresse e fazem o cérebro funcionar melhor.” 

  1. Trabalhe a sua memória no processo de aprendizagem

As atividades focadas na memorização são muito úteis para expandir a capacidade de registrar informações, além de prevenir diversas doenças cognitivas no futuro. Há vários exercícios simples, como Sudoku, palavras cruzadas e quebra-cabeças. É possível ainda assistir a um filme ou ler um livro, e depois relatar para alguém. 

“Pode parecer simples, mas criar o hábito de relembrar tudo o que fez no dia, realizar cálculos mentais, escrever em um papel o que você precisa lembrar, e fazer atividades que necessitam de memorização, como teatro, são atitudes que dão grandes resultados”, sugere Jubilut. 

  1. Estabeleça Recompensas

Uma boa estratégia para motivar e engajar nos estudos é estabelecer recompensas ao finalizar tarefas. Isso diminui a ansiedade e aumenta a motivação para progredir através do senso de conquista. As recompensas podem ser as mais variadas, como momentos de lazer, descanso e desfrutar de um lanche saboroso.  

“O importante é que o aluno tenha estabelecido que ele irá realizar a sua recompensa ao cumprir sua meta, para apreciar momentos de lazer sem culpa. É comum o vestibulando se sentir culpado por realizar uma atividade fora da sua rotina de estudos, o que aumenta a sua ansiedade e pode levá-lo a procrastinar mais”, justifica Jubilut. Para o professor, cortar totalmente os momentos de lazer da rotina é uma prática insustentável a longo prazo. “Experimentar a gratificação ao atingir pequenos objetivos motiva e impulsiona a perseverar ao longo do tempo”. 

  1. Descubra como você aprende melhor

Não existe uma única forma de aprender. Ler em silêncio fazendo anotações, assistir a videoaulas, criar mapas mentais, ler em voz alta, colar lembretes na parede do ambiente de estudos para recordar quando necessário: há muitos caminhos, e não existe uma regra, uma vez que as pessoas são diferentes e sua aprendizagem também acontece de maneiras distintas. “É muito importante descobrir qual é o seu estilo de aprender. Teste os mais variados métodos de estudo e adote aquele que mais funciona para você”, completa Jubilut. 
 

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