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De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de testículos corresponde a 5% dos casos de tumores entre homens. Considerada uma condição rara, a sua maior incidência se dá entre homens em idade produtiva, entre 15 e 50 anos. Nessa fase, o problema pode ser confundido com a inflamação dos testículos e dos epidídimos, a orquiepididimites. É por isso que no mês de abril acontece a Campanha Abril Lilás, que tem o objetivo de alertar a população sobre a doença e esclarecer suas causas e sintomas.
Parte do sistema reprodutor masculino, os testículos estão localizados atrás do pênis, dentro do escroto, que é uma bolsa de músculo-cutânea. Sua função, de acordo com o médico urologista do Itaigara Memorial, João Estrela, é produzir espermatozoides e testosterona. O câncer, segundo o médico, “é caracterizado pelo crescimento anormal das células no órgão”.
João Estrela também esclarece que a condição tem uma rápida capacidade de evolução devido a duplicação das células tumorais. Por isso, o diagnóstico precoce é importante. “Uma descoberta antecipada reduz as chances de metástase, ou seja, do espalhamento da doença para outras partes do organismo., aumentando a chances de cura”, ressalta o urologista.
Diante disso, é importante que os pacientes estejam atentos a sinais, como nódulos indolores na região dos testículos e aumento ou redução do tamanho da glândula, além do seu endurecimento. Outros indicativos do problema são dores sem motivos aparentes na parte baixa do abdômen e sensibilidade dos mamilos.
“Esses sintomas apontam a necessidade de buscar um especialista o quanto antes. O diagnóstico do câncer de testículo não é difícil, o que ajuda a ter um bom índice de cura. Isso porque, geralmente, a condição apresenta boas respostas ao tratamento, sobretudo, quando o tumor é diagnosticado de forma precoce”, diz o médico.
Diagnóstico
A doença pode ser diagnosticada através de um exame de ultrassonografia do escroto. O ato de apalpar o testículo, a partir dos 20 anos, também é crucial para facilitar o processo de identificação da doença, uma vez que ajuda a identificar os possíveis caroços na região. “O autoexame é uma tática que deve ser feita periodicamente. Além disso, a dosagem de marcadores tumorais no sangue também é uma forma auxiliar o profissional a fazer o diagnóstico da enfermidade”, esclarece João Estrela.
Tratamento
O especialista também explica que o tratamento depende da gravidade do câncer. Entre as possibilidades de indicação, há a quimioterapia, radioterapia ou acompanhamento clínico, realizados após a cirurgia de retirada do nódulo. “Caso o tumor seja benigno, pode-se fazer a retirada do nódulo e manter os testículos. Caso o caso seja mais avançado, a retirada completa do testículo comprometido costuma ser o mais indicado”, afirma o urologista.
O Itaigara Memorial possui uma equipe especializada de urologistas para consultas clínicas e cirurgias eletivas no Itaigara Memorial Hospital Dia.