07 de janeiro de 2025

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Apoio familiar e escolar auxiliam a transição entre etapas do ensino

Foto: Freepik

Pedagoga explica como a mudança de ano exige preparo emocional e acadêmico de alunos e famílias

A volta às aulas marca um período de transição para muitos estudantes, especialmente aqueles que avançam entre etapas importantes do ensino, como do Fundamental para o Médio. Essas mudanças, além de envolverem novos conteúdos, também exigem uma adaptação emocional e social que afeta diretamente o desempenho escolar e o suporte oferecido pela escola e o envolvimento das famílias são de extrema importância para que o processo ocorra de forma equilibrada.

Cláudia Pradella, orientadora de educação das unidades do ABCDM e do Litoral do Colégio Adventista, explica que o início de uma nova fase traz desafios naturais, mas pode ser uma oportunidade para os alunos fortalecerem habilidades. “O Ensino Médio, por exemplo, exige maior autonomia e organização e a escola deve trabalhar isso gradualmente no primeiro trimestre, com projetos que incentivam a responsabilidade e o protagonismo dos alunos”.

Para os pais ou responsáveis, o papel de apoio é fundamental. Claudia orienta que conversar sobre as mudanças e estar presente para ouvir as dificuldades ajuda os jovens a se sentirem mais seguros. “Os responsáveis precisam estar atentos aos sinais de ansiedade ou desmotivação nas falas e nas atitudes dos jovens, porque fica muito claro, e assim, buscar diálogo constante com a escola. Essa parceria faz muita diferença”.

Na escola, ações específicas ajudam a suavizar essa transição. Acolhimento com palestras, dinâmicas de integração e acompanhamento pedagógico são algumas iniciativas. “Nosso objetivo é garantir que o aluno compreenda o que se espera dele e encontre na escola um ambiente de suporte. Isso inclui explicações claras sobre a nova rotina e o desenvolvimento de estratégias de estudo mais eficazes”, afirma Claudia.

Entretanto, a orientadora alerta para uma prática que pode ser frustrante para os estudantes: a troca de escola como uma tentativa de desenvolver uma ‘solução milagrosa’. “Muitos alunos que não se dedicam o suficiente e enfrentam dificuldades acabam mudando de escola e buscando instituições que ofereçam uma aprovação mais fácil. Essa atitude é uma punição disfarçada. Eles não enfrentam os desafios que devem ser encarados, e essa mudança reforça a ideia de que a solução está fora de si mesmos”. 

Claudia observa que, ao não enfrentar suas responsabilidades, o aluno corre o risco de comprometer o seu aprendizado, levando a uma falha de aprendizado emocional e acadêmico que vai além das notas.

Por fim, a especialista reforça que as transições, mesmo desafiadoras, são parte importante do crescimento. “Muitas vezes, os pais ficam mais nervosos do que os filhos, por isso, é necessário compreender que esses momentos são oportunidades que os jovens têm para desenvolver resiliência e novas competências. Com um suporte adequado, o estudante pode tirar o máximo proveito da experiência e se preparar para os próximos desafios”, finaliza.

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