04 de junho de 2025

Aprendizagem a céu aberto: escola cria Jardim Sensorial para aliar estudo e sustentabilidade

Foto: Divulgação Colégio Santa Marcelina São Paulo

Iniciativa tem o objetivo de fortalecer hábitos de cuidado com o planeta, estimulando os cinco sentidos de forma integrada

O projeto envolveu 67 crianças e ao menos seis disciplinas, favorecendo experiências interdisciplinares

Com o objetivo de fortalecer hábitos de cuidado com o planeta e promover a sustentabilidade, alinhando-se à Campanha da Fraternidade 2025 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Colégio Santa Marcelina São Paulo desenvolveu um projeto denominado Jardim Sensorial.
 

Trata-se da criação de um jardim nas instalações do colégio que envolveu três turmas do 2º ano do Ensino Fundamental (duas com 22 e uma com 23, totalizando 67 estudantes) e integrou diversas disciplinas escolares, como História e Geografia, Ciências, Língua Portuguesa, Matemática e Projeto de Vida.
 

“A proposta é estimular os cinco sentidos dos estudantes de forma integrada, valorizando a percepção e a sensibilidade em um mundo acelerado, em que as pessoas pouco param para contemplar a natureza, conectando isso ao que é proposto no ambiente de aprendizagem”, explica a professora do Colégio Santa Marcelina São Paulo, Gabriela Walendzus.
 

Com esse intuito, foram plantados hortelã, manjericão, lavanda, alecrim e flores coloridas, além de acrescentados elementos naturais como pedras e madeira. “A seleção priorizou uma variedade de estímulos sensoriais, aromas, texturas, cores e formas, criando um ambiente que valoriza o contato afetivo com a natureza”, pondera.
 

Onde o conhecimento floresce
 

A proposta surgiu no primeiro trimestre de 2025, com o anseio de proporcionar às crianças uma vivência concreta e sensível com a natureza. A partir de então, a gestão escolar entendeu que poderia ir além, expandindo o projeto para uma experiência interdisciplinar que estimulasse a aprendizagem, enquanto se reiteravam valores como o cuidado com o espaço e a importância da sustentabilidade na comunidade.
 

Assim, nas práticas pedagógicas de História e Geografia, os estudantes investigaram os diferentes modos de viver e trabalhar em comunidade, explorando a diversidade na ocupação dos espaços e nos trabalhos ligados à terra. Em Ciências, aprofundaram o estudo dos seres vivos e elementos não vivos, com foco nas necessidades das plantas.
 

O projeto se desdobrou também para a disciplina de Língua Portuguesa, em que os estudantes produziram registros e textos descritivos sobre as plantas; em Matemática, trabalharam contagem, organização de quantidades e noções de espaço; enquanto em Projeto de Vida refletiram sobre cuidado, escuta e convivência ética, além da sustentabilidade e preservação ambiental.
 

“Este espaço, construído pelas crianças, apoia assiduamente na transmissão do conhecimento curricular, além de promover experiências sensoriais significativas, estimulando o cuidado e o respeito com o próximo e com a natureza”, afirma Gabriela.
 

Desafios e oportunidades
 

A professora do Colégio Santa Marcelina São Paulo conta que a construção do jardim foi desafiadora e precisou do apoio do jardineiro do colégio e também de arquitetos e professores, mas que o resultado foi expressivo e extremamente satisfatório. “Os conteúdos estudados puderam ser vivenciados de forma concreta, fortalecendo habilidades investigativas, sensibilizando os sentidos e promovendo um compromisso ético com o meio ambiente. O projeto também ofereceu uma experiência afetiva e integradora, favorecendo o desenvolvimento pleno das crianças”, avalia.
 

Prova de que o projeto, que deve se tornar uma tradição nos segundos anos, tem grande impacto positivo no ambiente escolar é a sua oportunidade de expansão. “Dado o tema da inclusão que tem sido trabalhado com as turmas de 1º ano, placas em braille serão acrescentadas ao jardim, proporcionando uma experiência ainda mais significativa e integrada. Assim como essa atualização, outras podem surgir, reforçando o potencial de aprendizagem interdisciplinar e social que o jardim pode proporcionar aos estudantes”, finaliza.
 

Sobre o Santa Marcelina
 

O Instituto Internacional das Irmãs de Santa Marcelina foi fundado em 1838 por Monsenhor Luigi Biraghi, com o auxílio de Marina Videmari, em Milão, na Itália. Dedicada à educação, à saúde e à assistência social, a Congregação difundiu-se globalmente a partir da instituição de colégios, hospitais e obras sociais.
 

Atualmente, presente em 8 países, espalhados por 3 continentes, e em 17 municípios e 9 estados brasileiros, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Tocantins, o Instituto segue com a missão de levar adiante, com empenho e entusiasmo, a educação, a formação, a cura e a construção do ser humano íntegro e da sociedade. Tudo isto alinhado a uma metodologia inovadora de aprendizagem, que, por sua vez, está alinhada às principais tendências do mercado educacional.

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