24 de novembro de 2024

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Baixa segurança psicológica inibe diversidade e inclusão nas empresas 

Ambiente profissional seguro e acolhedor de minorias é essencial para que haja empatia, troca de ideias e inovação

Na prática, a realidade das empresas que seguem políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (D&I) é pouco favorável a profissionais socialmente classificados como minorias (mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+). Como revela a pesquisa ‘Saúde mental, diversidade e ambiente de trabalho’ da Lupa, startup de RH, a maioria dos grupos de diversidade que trabalham nessas empresas se sente discriminada e em um ambiente que oferece baixa segurança psicológica (proteção e apoio a pessoas diversas).

O levantamento revela que uma proporção de 4 em cada 5 colaboradores de grupos de diversidade se sentem desconfortáveis ou não pertencentes ao ambiente de trabalho (79%). Já os que foram vítimas, presenciaram situações de discriminação, preconceito e/ou assédio no ambiente de trabalho, correspondem a 80% dos entrevistados.

Ainda na pesquisa, 53% dos entrevistados responderam que trabalharam ou trabalham em empresas que possuem ações para a promoção da inclusão e diversidade no dia a dia. Mas 62% admitiram que essas empresas não proporcionam um ambiente seguro e acolhedor para grupos de minoria.

Precursor da Diversidade

Para que os colaboradores possam manifestar livremente suas ideias, pedir ajuda e contestar padrões vigentes, precisam estar respaldados pela organização e protegidos de consequências sociais negativas. Nesse contexto, ambientes psicologicamente seguros são precursores da diversidade e da equidade de gênero, observa a psicóloga organizacional Patrícia Ansarah, fundadora e CEO do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP).

“Para que esta diversidade no local de trabalho aconteça, é preciso que as pessoas sintam que têm permissão de serem seus verdadeiros ‘eus’. Elas precisam se sentir bem-vindas e livres para contribuir com suas próprias ideias e perspectivas únicas, porque não há diversidade e inovação, sem inclusão de perspectivas diferentes. E não há estratégia de D&I que se sustente, sem segurança psicológica”, argumenta.

Como já evidenciado por pesquisas e casos práticos, é da diversidade de pensamento e formações que nascem as ideias inovadoras, continua Patrícia. “Quando não há inclusão, diversidade e equidade de gênero, não há pontos de vista diferentes para que as conversas sejam levadas ao caminho da inovação. E sem inovação, não há crescimento.”

Ainda de acordo com Patrícia, os resultados da pesquisa da Lupa revelam que a diversidade já é uma realidade nas empresas. Mas ainda é preciso promover mudanças no topo da organização para garantir que haja mais inclusão e equidade de gênero. “Não basta ter indicadores e ações criativas se a estratégia de negócio não estiver construída em cima do modelo da segurança psicológica”, assinala.

Sobre o Instituto Internacional em Segurança Psicológica

O Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP) é uma organização lançada com o propósito de apoiar empresas corajosas a liderar a transformação do jeito de fazer negócios, preparando a liderança para uma gestão mais consciente e humana, por meio da Segurança Psicológica.

Precursora deste conceito aqui no País, a psicóloga organizacional Patrícia Ansarah – com mais de 20 anos atuando em RH e como executiva de grandes empresas – criou o instituto para endossar o pioneirismo e dar visibilidade ao tema no Brasil e levar soluções integradas por meio da segurança psicológica para o desenvolvimento de times e organizações.

Foto: Divulgação / Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP)

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