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Professor de Pediatria do Centro Universitário São Camilo explica sobre a doença e seus tratamentos
A Anvisa autorizou a liberação do registro para o imunizante Abrysvo, da farmacêutica Pfizer, contra a Bronquiolite, uma doença viral que se não cuidada pode ser agravar e até levar bebês e crianças pequenas de até 2 anos à morte.
A patologia é mais comum no inverno, mas o vírus circula em todas as épocas do ano e a doença pode ser confundida com gripe ou resfriado forte. O professor de Pediatria do Centro Universitário São Camilo, Marcelo Iampolski, comentou sobre a importância desse novo tratamento e explica o que são a Bronquiolite e seus sintomas e como é feito o tratamento.
“ O principal vírus causador da Bronquiolite é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que tem distribuição em períodos de mais sazonalidade, principalmente a partir de março até meados de junho ou julho. Mas ele circula durante o ano inteiro. É uma infecção viral que acomete o trato respiratório inferior, geralmente precedido de outra infecção viral que tem sintomatologia variada.”, explicou o professor de pediatria.
Segundo o professor, em crianças mais novas o sistema imunológico ainda é imaturo e favorece as infecções respiratórias, cujo sintomas são coriza, dificuldade para mamar, chiado no peito, tosse seca, diminuição do apetite e um padrão respiração que varia bastante, desde o desconforto respiratório mais leve até sinais como presença de cianose, que é uma condição clínica que apresenta unhas, lábios e mucosas com coloração azulada causada pela baixa oxigenação do sangue. “Em casos benignos, o tratamento geralmente acaba sendo a boa hidratação da criança, mas nos casos graves é necessário o suporte ventilatório para garantir a oxigenação da criança, com internação e monitorização cardíaca”, afirmou.
A principal forma de contrair o vírus é por meio de secreções respiratórias e pelo contato com pessoas infectadas com o VSR ou qualquer adenovírus.
Como prevenção, seguem as recomendações especialmente para crianças abaixo de um ano:
1. Evitar aglomeração e preferir lugares ventilados;
2. Visitar a criança apenas se tiver certeza de que não está doente;
3. Usar máscara de proteção;
4. Fazer sempre a higienização das mãos com álcool no caso de contato com a criança.Vacina – Para o professor do curso de Pediatria, a liberação do registro para a vacinação contra a Bronquiolite é uma ótima notícia. Ele explicou que a princípio a vacina deve ser aplicada em gestantes, em dose única intramuscular, o que se mostrou eficaz principalmente nos primeiros três meses da vida do recém-nascido. “Ela protege o bebê em até 85% dos casos no primeiro trimestre após o nascimento, principalmente considerando a passagem dos anticorpos através do aleitamento materno. Essa proteção se estende ainda por seis meses de vida com uma taxa de cerca de 50 a 55% de imunização, o que é um índice alto para que tenhamos queda nas taxas de internação”, disse o professor