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24 milhões de jovens entre 9 e 17 anos estão na internet; educadores explicam como jovens podem estudar de forma mais dinâmica
A dificuldade de concentração nos estudos é uma realidade cada vez mais presente na jornada educacional de crianças e adolescentes. Em um mundo repleto de estímulos e distrações, manter o foco nas tarefas escolares tornou-se um desafio complexo que exige a atenção de educadores, pais e dos próprios alunos.
Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil aponta que 89% dos jovens entre 9 e 17 anos estão na internet, ou seja, cerca de 24 milhões de crianças e adolescentes. Diante disso, vem sendo debatido os impactos do uso da internet, especialmente do celular, no processo de aprendizagem desses jovens, especialmente com técnicas como o uso de vídeos no TikTok para aprender conteúdos de forma resumida.
Rafael Galvão, Diretor Pedagógico do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio da Rede Alfa CEM Bilíngue, ressalta a importância de adaptar as estratégias à faixa etária. “Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, o foco deve ser em equilibrar estrutura com estímulo, considerando a imaturidade emocional e a crescente necessidade de autonomia dos alunos. Não existe atalho para o estudo.Vídeos online podem ser um complemento, mas não substituem outras formas de estudar”, comenta.
Entre as técnicas específicas, Galvão destaca a implementação de rotinas visuais com cronogramas simples e coloridos, dividindo o estudo em blocos curtos com metas claras. O Método Pomodoro (25-5), com 25 minutos de estudo focado seguidos por 5 minutos de pausa, também se mostra eficaz para essa faixa etária.
“Para alunos com perfil cinestésico, o estudo com movimento, permitindo o uso de fichas, mapas visuais ou até mesmo uma leve caminhada durante a memorização oral é o mais indicado. Além disso, ensinar os alunos sobre metacognição, ou seja, a pensar sobre como aprendem melhor, é apontado como um diferencial importante”.
A identificação de alunos com problemas de foco passa pela observação atenta dos professores. Sinais de alerta incluem a dificuldade em manter a atenção por mais de alguns minutos, o esquecimento recorrente de tarefas e materiais, agitação excessiva, dificuldade em organizar ideias e a manifestação de procrastinação e frustração. Ações pedagógicas eficazes envolvem observar padrões recorrentes, conversar individualmente com o aluno para entender suas dificuldades, criar combinados claros com metas pequenas e elogiar os progressos.
“Especialmente para aqueles com dificuldades de concentração, Galvão sugere o uso de quadros-resumo e fichas ilustradas, a gravação de áudios com explicações próprias, o estudo em duplas ou trios com funções definidas e a implementação de uma rotina de autoavaliação ao final de cada bloco de estudo”, ressalta o educador.
A escola também pode incentivar atividades que melhorem a concentração, como pequenas pausas regulares, o uso de músicas relaxantes (com escolha criteriosa) e práticas como a respiração consciente no início das aulas, alongamentos entre blocos e atividades de escuta atenta.
“O papel dos pais nessa faixa etária continua sendo necessário. Estabelecer rotinas de estudo em casa, apoiar sem cobrar excessivamente, monitorar o uso de telas, observar sinais emocionais e buscar ajuda profissional quando necessário são atitudes importantes para o sucesso dos estudantes”, comenta Galvão.
Educação Infantil: retirar as telas é o primeiro passo
Na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a abordagem para lidar com a dificuldade de concentração possui suas particularidades. Karla Lavrador, Diretora Pedagógica dessas etapas na Rede Alfa CEM Bilíngue, é enfática ao afirmar que é preciso sair das telas.
“Primeiro, retire as telas. Essa é a maior distração do momento. Com isso, para os pequenos é necessário determinar pequenos tempos de estudo inicialmente para poder ir aumentando gradualmente, além de criar metas alcançáveis”, reforça a educadora.
Para identificar alunos com problemas de foco, Lavrador ressalta a importância do acompanhamento individualizado. “Se não conheço o meu aluno, não tenho como avaliá-lo e, por conseguinte, não consigo adaptar estratégias. Compreender como cada aluno retém conhecimento e qual o seu processo mnemônico é essencial”, ressalta ela.
A combinação de estratégias pedagógicas inovadoras, a atenção individualizada dos professores, o apoio ativo dos pais e a criação de um ambiente de aprendizado saudável e livre de distrações são elementos-chave para ajudar os alunos a desenvolverem a capacidade de focar e, consequentemente, a alcançarem seu pleno potencial acadêmico.
“A busca por métodos de estudo eficazes é uma jornada contínua, e a colaboração entre escola e família se mostra como o caminho mais promissor para o sucesso dos estudantes”, finaliza Lavrador.
Sobre a Rede Alfa CEM Bilíngue
A Rede Alfa CEM Bilíngue foi idealizada através do sonho de uma professora de História e tem uma filosofia educacional que impulsiona a percepção do aluno, fazendo-o refletir, questionar e principalmente transformar. Hoje, a Rede mantém uma sólida premissa de que o conhecimento humano é o maior tesouro a ser legado para as próximas gerações e que, ao mesmo tempo, a autonomia intelectual oferecerá ao estudante a capacidade de manusear o conhecimento, adquirido e/ou produzido, de maneira única e autêntica. A Rede Alfa CEM Bilíngue aposta na diversificação metodológica para gerar o prazer da aprendizagem, seguida pelo desenvolvimento de múltiplas formas de aprender durante toda a vida, o que permite obter resultados em primeiro lugar nos últimos anos do ENEM em toda a Rede e manter a taxa de 100% de aprovação das provas de proficiência de Cambridge. Saiba mais em: alfacembilingue.com.br.