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Para marcar o Dia de Conscientização sobre a Síndrome de Edwards, o Congresso Nacional recebe hoje (06/05) iluminação especial na cor lilás. O objetivo da ação é dar maior visibilidade a essa condição genética rara, que ocorre em cerca de quatro em cada 10.000 gestações e pode provocar problemas graves no nascimento, colocando a vida dos bebês em risco.
A doença é também chamada de trissomia do cromossomo 18, em razão de esse cromossomo estar em triplicidade, em vez de em pares, como ocorre normalmente. A anomalia no código genético provoca alterações no desenvolvimento dos órgãos dos pacientes.
Essa é a segunda alteração cromossômica mais frequente em recém-nascidos vivos, atrás apenas da síndrome de Down, e ocorre com mais frequência em gestações de mulheres acima de 35 anos de idade. É uma condição observada principalmente em meninas, e tem como consequência a baixa expectativa de vida, com média de até 2 anos.
Sintomas
Os bebês afetados pela síndrome podem nascer pequenos, com baixo peso e apresentar crescimento lento. Algumas anomalias físicas podem ser visíveis logo ao nascer, mas outras podem não ser tão evidentes. Órgãos internos também podem ser atingidos e problemas graves podem ocorrer no coração, rins, pulmões e sistema digestivo.
Exames realizados durante a rotina pré-natal podem ajudar no diagnóstico. A ultrassonografia morfológica, por exemplo, realizada entre 20 e 24 semanas de gestação, pode identificar anomalias características da condição. Se forem encontrados indícios da doença, exames mais específicos são feitos para confirmar o diagnóstico. Após o nascimento, podem ser feitos exames de sangue para analisar os cromossomos do bebê, em casos de suspeita.
Tratamento
Apesar de não haver cura, há tratamentos que podem aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Fisioterapia e fonoaudiologia são indicadas, uma vez que crianças com a síndrome apresentam desenvolvimento lento e incapacidades graves. Medicamentos são comumente prescritos para controle da dor e melhora do sono. Em alguns casos, podem ser realizadas cirurgias. Além disso, exames periódicos de sangue e de imagem são recomendados, uma vez que a condição aumenta o risco do surgimento de tumores.