Estação de tratamento de água / Foto: Divulgação NeoAcqua
Especialistas defendem papel estratégico das estações de tratamento no enfrentamento à crise climática na Conferência da ONU, que acontecerá em Belém – PA
Faltam cinco meses para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém do Pará, e o Brasil já se prepara para receber lideranças globais em uma das edições mais simbólicas da história do evento. Pela primeira vez, a COP acontecerá na Amazônia — região que sintetiza os desafios e as urgências da crise climática e da desigualdade no acesso a recursos naturais básicos, como a água potável.
Entre os temas prioritários do encontro, o tratamento e a gestão da água despontam como fundamentais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a saúde pública em comunidades vulneráveis. A escassez hídrica, a contaminação de mananciais e a ausência de saneamento básico ainda afetam milhões de pessoas, e têm impacto direto na saúde pública, na segurança alimentar e na preservação ambiental.
“A COP30 marca uma virada na forma como o mundo enxerga o saneamento: de um desafio técnico para um imperativo climático e social. Estações de tratamento não são apenas obras de infraestrutura, mas instrumentos de justiça e sustentabilidade ambientais, importantes para o desenvolvimento social e econômico”, afirma Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, empresa brasileira especializada em soluções para o tratamento de água e esgoto.
Com presença nacional e foco em inovação sustentável, a NeoAcqua tem acompanhado de perto os debates internacionais sobre saneamento e clima. Para a executiva, é impossível falar em transição ecológica sem considerar a universalização do acesso à água limpa e do tratamento de efluentes. “Não se trata apenas de mitigar impactos futuros, mas de garantir dignidade no presente. A Amazônia, onde milhões ainda vivem sem acesso ao saneamento, é o epicentro desse debate”, diz.
Saneamento e clima: uma equação interligada
Segundo a ONU, a cada dólar investido em saneamento, economizam-se até quatro dólares em saúde pública. Além disto, soluções modernas, como os sistemas de reuso permitem diminuir a pressão sobre rios e aquíferos, contribuindo diretamente para a preservação dos biomas.
“É preciso romper a ideia de que saneamento é um tema secundário nas discussões ambientais. A COP30 pode ser o momento de reverter essa lógica e firmar compromissos que coloquem o tratamento de água e de efluentes no centro das ações climáticas globais”, pontua Sibylle.
De acordo com a especialista, o Brasil tem o desafio — e a oportunidade — de liderar essa mudança. Com a realização da COP30 no coração da maior floresta tropical do mundo, o país ganha os holofotes e a responsabilidade de propor soluções que aliem preservação, inclusão social e inovação tecnológica.
Tecnologia, regulação e financiamento
Além de políticas públicas consistentes, marcos regulatórios sólidos e investimentos são cruciais. A NeoAcqua defende a ampliação de financiamentos nacionais e internacionais para a viabilidade e alcance de metas do Marco Regulatório do Saneamento no Brasil, bem como, o incentivo à adoção de tecnologias econômicas e eficientes nas estações de tratamento. “Além do tratamento eficiente de efluentes com mínimo impacto no meio ambiente, há tecnologias que permitem a reciclagem e o reuso de águas residuárias em diversos tipos de empreendimentos, com eficiência energética, economia hídrica e consequente redução de despesas. Daí, a importância de políticas governamentais e da regulamentação e planejamento de longo prazo para a sua implementação”, afirma Sibylle.
Um chamado global a partir da Amazônia
Com o avanço da crise climática e os impactos já sentidos em diferentes regiões do planeta, a COP30 será uma oportunidade histórica para reposicionar o saneamento como prioridade global. E para o Brasil, anfitrião do evento, trata-se de um chamado à ação concreta — especialmente em territórios como o Norte do país, onde os indicadores de acesso à água e esgoto ainda são alarmantes.
Com a proximidade da COP30, o debate sobre tratamento de água e efluentes deve ganhar importância nas agendas públicas e privadas. Consolidar políticas integradas, ampliar o acesso ao saneamento e investir em soluções tecnológicas adequadas são caminhos indispensáveis para garantir um futuro mais resiliente e sustentável para o planeta — começando pelo Brasil.
Sobre a NeoAcqua
A NeoAcqua, pioneira e especialista em economia verde a partir de sistemas de tratamento de água e esgoto, com expertise de mais de 23 anos de mercado, fornece às empresas as melhores soluções em gestão hídrica, desde o projeto inicial até a instalação e operação dos processos de tratamento. Atualmente, a empresa já conta com implementações de centenas de projetos, por todo Brasil, de tratamento de água e efluentes para municípios, construtoras, indústrias, galpões, empreendimentos comerciais e residenciais de médio a grande porte. Saiba mais: https://neoacqua.com.br/