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Doenças como desidratação, intoxicação alimentar, insolação, otites e acidentes domésticos são mais comuns nessa época de férias e temperaturas elevadas; Saiba como prevenir e proteger crianças e bebês
O Verão começa oficialmente no próximo dia 22 de dezembro, mas, as altas temperaturas já chegaram a diversas regiões do país, favorecendo doenças típicas dessa época, como desidratação, insolação, intoxicações alimentares e doenças de pele.
“Já estamos enfrentando ondas de calor significativas, que trazem riscos à saúde, principalmente das crianças que são mais vulneráveis, já que o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento”, ressalta Dra. Fabíola La Torre, Coordenadora Médica da Linha Pediátrica do Hospital São Luiz Osasco.
Além das doenças, no período de férias, onde as crianças têm mais tempo livre, também é importante ficar atento aos acidentes domésticos, como afogamentos, quedas e queimaduras.
“E mesmo no verão, é preciso se preocupar com gripes, resfriados e pneumonia, que podem ocorrer em qualquer época do ano”, lembra a pediatra do São Luiz Osasco.
A unidade da Rede D’Or, que conta a maior e mais completa estrutura hospitalar da cidade de Osasco e uma linha de cuidado pediátrico de referência, elaborou uma lista de cuidados e orientações de prevenção para ajudar nos cuidados com as crianças, que integra todos os receituários de atendimentos realizados no pronto-socorro infantil.
Confira algumas dicas:
– Use protetor solar.
Utilize produtos específicos para o público infantil, com fator de proteção alto e quantidade adequada. Não se esqueça de regiões sensíveis como pés, orelhas e nuca. Reaplique sempre que a criança sair da água e várias vezes ao longo do dia.
Atenção, bebês com menos de seis meses não devem ser expostos diretamente ao sol ou utilizar filtro solar. Neste caso, é indicado o uso de barreiras mecânicas, como roupas e guarda-sol, que precisa ser de tecido escuro, como lona.
– Atenção com a exposição ao sol.
Evite os horários de maior incidência dos raios solares, entre 10h e 16h. Além do protetor solar, use chapéus e roupas com proteção UV.
Lembre-se, o efeito da radiação solar é acumulativo e o principal fator de risco para o câncer de pele.
– Mantenha as crianças hidratadas.
Ofereça água e outros líquidos naturais, como sucos e água de coco frequentemente.
“Não espere a criança pedir, pois ela tende a fazer isso quando a situação já está grave. É importante ficar atento ao suor, urina e diarreia. Caso identifique sintomas como boca seca, pouca urina, sonolência ou pele acinzentada inicie o processo de hidratação e busque atendimento médico”, orienta a pediatra.
– Cuidado com a alimentação.
Com o calor, as comidas estragam rapidamente. Por isso, atenção à conservação e refrigeração dos alimentos e evite consumir itens prontos fora de casa e principalmente nas praias. Alimentos como ovo, carnes, peixes e maionese são os mais suscetíveis. Opte sempre por opções mais leves, naturais e saudáveis.
“Outra tendência das férias é liberar o consumo de guloseimas. Fique atento à quantidade e não deixe isso virar rotina”, alerta Dra. Fabíola.
– Atenção com a pele.
O contato constante com a água, seja pela transpiração ou mergulho em praias e piscinas, faz com que a pele fique úmida por mais tempo, favorecendo o aparecimento de micoses, doença causada por fungos. Ao identificar lesões vermelhas, escamação da pele e coceira, procure um dermatologista.
“Para prevenir, o ideal é secar bem o corpo, principalmente o meio dos dedos dos pés. Além disso, para evitar outras alergias, sempre lave o corpo com água limpa, para retirar cloro, areia e outras substâncias”, reforça a coordenadora do Hospital São Luiz Osasco.
– Cuidado com os ouvidos.
O excesso de água elimina a cera na parte interna do ouvido, reduzindo a proteção e favorecendo quadros de otite. A orientação é secar a água do ouvido, inclinando a cabeça da criança para os dois lados, e usar protetores.
– Modere o uso do ar-condicionado.
O equipamento está liberado e pode ser um ótimo aliado para amenizar as temperaturas, mas com alguns cuidados. O aparelho não pode ser instalado próximo ao berço ou cama dos bebês e a temperatura deve ser amena, em torno de 25 graus. Além disso, limpe os filtros semanalmente e busque umidificar o ambiente.
– Evite acidentes.
Em locais com piscina, é essencial incluir barreiras físicas, como grades e portões. No caso de bebês, apenas 2,5 centímetros de água são suficientes para ocasionar afogamento, por isso, atenção também com baldes, bacias, banheiros e lavanderias.
Cuidado com cordões, fios e cordas, que podem causar estrangulamento, assim como itens inflamáveis e tóxicos, como produtos de limpeza, além de tomadas e itens elétricos. Não deixe panelas quentes no forno ou fogão e sempre mantenha os cabos voltados para o lado interno. “São diversos riscos presentes em elementos comuns do nosso cotidiano, por isso, nunca deixe as crianças sem supervisão, mesmo em casa”, reforça Dra. Fabíola.