25 de novembro de 2024

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Detecção precoce da esclerose múltipla é a chave para qualidade de vida

Foto: Freepik

Diagnóstico precoce e tratamento têm um papel fundamental para conter a progressão dos sintomas

A esclerose múltipla, doença neurológica crônica, degenerativa e autoimune, é atualmente uma das principais causas de deficiências não traumáticas em jovens adultos. Apresenta maior incidência entre 18 e 40 anos de idade, fase produtiva, e atinge três vezes mais mulheres que homens.

Por isso, especialistas alertam que o diagnóstico precoce, aliado ao acompanhamento médico detalhado, é a chave para a estabilização e qualidade de vida dos portadores.

“O tratamento visa conter os surtos, principal evolução da esclerose. Ao barrar o acúmulo dessa progressão, possibilitamos uma normalização de rotina ao paciente”, explica Karoline Cohen, neurologista do Centro de Medicina Diagnóstica do Hospital São Luiz Campinas, da Rede D’Or.

A médica explica que o diagnóstico da doença é realizado pelo neurologista, por meio da avaliação clínica e de exames como ressonância magnética de crânio, da coluna e análises laboratoriais.

“Nos surtos iniciais a enfermidade apresenta sintomas que duram dias ou semanas, evoluindo para uma melhora espontânea. Após algum tempo, sua recuperação passa a ser mais lenta e parcial, trazendo sequelas cada vez mais incapacitantes”, alerta Dra. Karoline. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, são 2,8 milhões de registros em todo o mundo. No Brasil, estima-se que a doença afete de 15 a 27 indivíduos a cada 100.000 habitantes.

Entre os sintomas da esclerose múltipla estão a perda de força, sensibilidade em um seguimento do corpo, redução da visão associada à dor e incontinência urinária. Outro agravo, se não tratada, é a perda de mobilidade, que pode vir de modo leve ou exigir o uso de cadeira de rodas. “Essa patologia é desmielinizante, isto é, atua destruindo a mielina, estrutura responsável pelas sinapses saltatoriais, fragilizando o sistema neurológico”, complementa a especialista.

Ainda de acordo com a neurologista, a esclerose múltipla é multifatorial, ou seja, é causada por uma soma de fatores que o paciente é exposto durante a vida. Além da predisposição genética, também está relacionada ao tabagismo, obesidade na infância e certos tipos de infecções.

Apesar de conhecida há muito tempo, nos últimos anos a doença tem ganhado atenção e, por consequência, diagnósticos e tratamento cada vez mais precoces e eficientes. 

“Medicações injetáveis, orais e infusionais são hoje as terapias de combate à evolução do quadro, sendo aplicadas de forma individualizada, sempre dependendo da gravidade e demanda de cada caso”, finaliza a médica do São Luiz Campinas. Inaugurado em maio de 2023, trata-se do maior hospital privado do interior paulista, com mais de 40 especialidades. Possui um Centro de Medicina Diagnóstica superequipado e moderno, com equipes especializadas e neurologistas para diagnóstico, tratamento e controle da esclerose múltipla, além de estrutura de “Hospital Dia”, para realização de pequenos procedimentos e medicações, com alta do paciente em poucas horas. 

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