24 de novembro de 2024

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Dia da Matemática: índices apontam desfasagem no aprendizado

Foto: Freepik

Especialista explica como tornar o ensino mais atraente

No próximo dia 6 de maio é comemorado o Dia da Matemática. A data foi escolhida em homenagem ao matemático brasileiro de origem árabe Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan. Porém, infelizmente, não há o que se comemorar em relação à matemática em nível nacional.

Os últimos resultados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), divulgados em dezembro do ano passado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), indicaram uma queda inédita no aprendizado dos alunos: apenas 27% deles alcançaram o nível mínimo de conhecimento em matemática.

Outro dado importante é trazido pelo último Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). A pesquisa mostrou que 95% dos estudantes da rede pública terminam o 3º ano do Ensino Médio sem o aprendizado adequado em matemática. Já no ensino fundamental, apenas 36,7% dos estudantes têm o conhecimento apropriado na disciplina.

Além da clara necessidade de melhorias nas estruturas da educação no Brasil, a pedagoga e especialista em educação na rede Kumon, Bruna Duarte Vitorino, faz o alerta para o que pode causar desinteresse: “muitas vezes vemos o aluno com dificuldades no ensino médio, mas este problema pode ter tido sua origem nos primeiros anos de escola, fazendo com que ele acumule dificuldades ao longo dos anos”, explica.

Um ponto importante para a melhora do aprendizado da matemática apontado pela especialista, é ensinar os alunos uma metodologia de estudos. “Muitos alunos, nos seus primeiros anos de escola, não têm uma rotina de estudos diários e nem sabe se organizar para isso, algumas vezes os pais tentam ajudar e por acharem os filhos muito novos, acabam fazendo pelo aluno, ao invés de ensinar a independência e dar dicas de organização.

Outro ponto que Bruna observa é o avanço nos conteúdos, sem que a maior parte dos alunos, tenham, de fato, assimilado o conteúdo anterior: “essa falha às vezes parte do próprio aluno, que não se sente confortável em esgotar as suas dúvidas. Situação essa, que para a aprendizagem de matemática é muito prejudicial, pois cada conteúdo se acumula para o entendimento lógico do próximo, como por exemplo: as contas de divisões, neste conteúdo é necessário que o aluno tenha pleno domínio das 4 operações básicas, se há lacunas na aprendizagem da subtração, fatalmente não conseguirá realizar o cálculo e assim tudo se acumula como uma ‘bola de neve’ até que o aluno fique totalmente desmotivado e incapaz”, conta.

A pedagoga reitera que, para que o aluno tenha gosto em aprender é fundamental manter uma rotina de estudos regular: “Praticar constantemente é essencial para desenvolver habilidades que estimulam o raciocínio lógico e também para resolver problemas de diferentes tipos e níveis e de dificuldade, sempre revisando os conceitos e fórmulas aprendidos”, explica.

Por fim, Bruna conta que incorporar atividades, como jogos de tabuleiro e mostrar às crianças como a matemática está presente em dia a dia, seja na hora de cozinhar, fazer compras ou até mesmo brincar e viajar, podem ser boas opções para prender atenção dos pequenos e fazer com que eles se interessem pelo tema.

O Kumon é uma metodologia que busca desenvolver as habilidades e competências dos alunos de forma individualizada e progressiva. Com a matemática não é diferente: o método propõe o aprendizado por meio de exercícios cuidadosamente selecionados e organizados em ordem crescente de dificuldade, estimulando os alunos a avançarem para as etapas seguintes de aprendizado, proporcionando o gosto pelo estudo da disciplina.  Para mais informações acesse o site kumon.com.br

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