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Responsável pela extração de mais de um terço dos recursos naturais, especialista elenca como o setor pode aplicar medidas sustentáveis para minimizar os impactos na natureza
O Dia Mundial da Educação Ambiental foi estabelecido no dia 26 de janeiro de 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU), visando promover a conscientização sobre a proteção ambiental por meio da educação. A data é vinculada à “Carta de Belgrado”, resultado de um encontro promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) que, ainda hoje, é considerado um marco conceitual nas questões ambientais.
O documento foi um dos primeiros a fazer relação entre o desenvolvimento econômico com a exploração do meio ambiente e seus devidos impactos no planeta. A carta também destaca a Educação Ambiental como “um dos elementos mais críticos” para combater a crise climática. Quase 50 anos depois, infelizmente, o cenário ambiental global continua sendo tratado de maneira indevida e agora toda a humanidade enfrenta as consequências, como as temperaturas extremas registradas no último ano.
Sendo um dos principais pilares da economia brasileira, a construção civil é responsável por gerar muitas vagas de emprego no país. Segundo dados publicados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a previsão é que o setor cresça 1,3% em 2024. Na mesma medida de seu sucesso, porém, a construção civil possui um papel relevante quanto à preservação do meio ambiente. Conforme dados da CBIC, o setor é o responsável pela extração de mais de um terço dos recursos naturais, além de ser um dos principais produtores de resíduos sólidos, líquidos e gasosos.
Para Artur Zaltsman, CEO da construtora Zaltsman e sócio da Alphaz Technologies – linha de produtos de construção sustentáveis – já existem tecnologias e meios para diminuir tais impactos, e a data reforça essa importância da Educação Ambiental para conscientizar as empresas e a sociedade. “A educação se torna o centro da questão, uma vez que a situação do meio ambiente depende diretamente das decisões que são tomadas. Aumentando a conscientização sobre os seus impactos, é possível desacelerar o estrago e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das próximas gerações”, explica.
Em contraste com alguns anos atrás, o mercado corporativo atual possui mais interesse em práticas sustentáveis, principalmente com a ascensão do ESG (Enviromental, Social and Governance) como incentivo para investidores. A prática foi apontada em segundo lugar pelo relatório “Panorama 2024”, da Ancham Brasil, sobre as 10 principais tendências para este ano. Além disso, uma pesquisa global da Global da Ernest & Young revelou que 99% dos investidores usam as informações sobre ESG divulgadas pelas empresas como parte de suas decisões de investimento.
Dessa maneira, a tendência para os próximos anos é que as empresas se tornem cada vez mais conscientes e responsáveis sobre a sua influência no meio ambiente e na sociedade em geral. “Com os avanços tecnológicos e a grande adesão ao ESG em outros setores, a construção civil precisa seguir na mesma direção e reduzir cada vez mais seu impacto no meio ambiente”, afirma Artur.
Este é o propósito do empreendimento o Gaia Residence, que o executivo está lançando na cidade de Cunha, em São Paulo. Um condomínio que combina luxo com sustentabilidade, colocando em prática todos os critérios do ESG.
“Queremos conscientizar as pessoas de que é possível viver em um imóvel que propicie um lifestyle sustentável, desde a concepção do projeto, passando por uma obra que gere menos impactos, até incluir soluções ecológicas, como biodigestores ou placas fotovoltaicas, que propiciem que os proprietários coloquem em prática a preservação da natureza no seu dia a dia”, ressalta Zaltsman.
Como aplicar os pilares ESG na Construção Civil
Por definição, a sigla ESG vem do inglês Enviroment, Social e Governance, e pode ser traduzida para Meio Ambiente, Social e Governança. Os três pilares consistem em um conjunto de políticas e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Através dos critérios do ESG, é possível mensurar se uma empresa tem responsabilidade com a sustentabilidade e se é engajada para gerar impactos positivos na sociedade, por exemplo.
Pilar Ambiental – avalia como as empresas lidam com sua responsabilidade na preservação do meio ambiente. Por meio de ações como por exemplo a gestão de resíduos; políticas de desmatamento (caso aplicável); o uso de fontes de energia renováveis; políticas de redução de carbono, como se posicionam em relação a questões de mudanças climáticas, entre diversas outras.
“Na construção civil, essas políticas se estendem ao uso de reaproveitamento de materiais (madeira de demolição, areia de brita, etc.), utilização de materiais que não poluem, que reduzem o consumo de água (biodigestores, por exemplo) e a quantidade de resíduos, oferecendo uma obra mais limpa e com menos impacto no meio ambiente”, ressalta Artur.
Outra forma do setor aplicar o pilar ambiental é com a utilização de matérias sustentáveis na execução da obra. O mercado já disponibiliza produtos que desde a sua produção até sua utilização pós-obra, geram menos impacto ao meio ambiente.
Um dos exemplos é o tijolo ecológico da Alphaz, cujo processo de produção é muito mais sustentável que o do tijolo tradicional.
“O tijolo tradicional de argila é conhecido por seus impactos ambientais negativos, em especial os danos à qualidade do solo, água e ar, além de afetar a saúde humana e os ecossistemas”, explica Artur. “Os tijolos ecológicos, por outro lado, reduzem em até 90% o consumo de água, não utilizam queima de carvão e diminuem a utilização de argamassa no canteiro de obras”, esclarece Zalstman.
E os tijolos ecológicos ainda contribuem com a natureza mesmo depois do imóvel pronto, pois proporcionam menor condutividade térmica, causada por suas câmaras de ar internas, mantendo a temperatura interna do ambiente mais estável, reduzindo a necessidade aquisição de equipamentos de aquecimento ou refrigeração artificial, poupando todo o dano causado por mais uma cadeia de produção e a emissão de carbono.
Pilar Social – aborda pontos importantes como Direitos Humanos, diversas questões que envolvem os funcionários e o ambiente de trabalho como bem-estar e saúde; plano de previdência; equidade de gênero e racial, de combate ao etarismo, etc. Além das relações da empresa com a sociedade como por exemplo, tomadas de decisões a favor da comunidade.
“No modelo de construção ecológica é importante aliar o projeto com o bem-estar da comunidade local e valorizar a integração das pessoas com o entorno de maneira sustentável”, avalia.
“Do âmbito social, também é fundamental observar o bem-estar laboral na construção civil, visto que é um dos setores que mais cria oportunidades de emprego no Brasil”, explica o CEO.
Isso inclui garantir a segurança dos funcionários no canteiro de obras, oferecer os melhores produtos e ferramentas para otimizar processos, utilizar produtos não-tóxicos, promover um ambiente favorável para os profissionais.
“A saúde dos trabalhadores é fundamental, por isso, desenvolvemos uma linha de produtos, a Alphaz Technologies, com produtos como argamassas e reboco pronto, que são livres de toxicidades, garantindo a segurança dos profissionais durante a aplicação, além de contribuírem com a preservação já que utilizam água de reuso”, afirma Artur Zaltsman.
Pilar de Governança – um dos focos é avaliar como a empresa atende aos interesses de funcionários, acionistas e clientes; sua transparência financeira e contábil; gestão de ativos e de projetos; além da responsabilidade socioambiental. “Considerando que a construção civil é um dos pilares econômicos do país e gira grandes quantias, as empresas precisam oferecer aos seus investidores uma visão clara e objetiva de como a gerência é feita e se está de acordo com a realidade da empresa”, explica Artur.
O especialista afirma que a adoção de novas tecnologias que otimizem processos e garantam que as políticas socioambientais estejam sendo cumpridas, por exemplo, são maneiras de atender aos critérios da Governança. “Além disso, uma gestão de projetos eficiente é fundamental para evitar despesas desnecessárias e garantir um bom funcionamento da empresa. Este tipo de planejamento é um dos critérios da Governança, garantindo que os valores aplicados na obra sejam utilizados de maneira inteligente e otimizada”, ressalta Zaltsman.
A transparência das empresas sobre as ações em prol do meio ambiente é importante para a conscientização da sociedade sobre o tema. “A Educação Ambiental é fundamental para educar a sociedade, sendo um dever das empresas demonstrarem a sua preocupação e as suas atitudes sobre o tema”, alerta Artur. “Frente às mudanças climáticas, a sustentabilidade deixou de ser uma opção para ser a única alternativa”, conclui o especialista.
Sobre a Zaltsman
A Zaltsman é uma incorporadora brasileira que chega ao mercado para impactar positivamente o mundo dos empreendimentos imobiliários.
A empresa nasce trazendo a experiência de sucesso iniciada há três gerações, quando o Dr. Artur Zaltsman fundou a Imobiliária Rony, a primeira de Guaratinguetá (SP), que cresceu em atuação e serviços oferecidos.
Agora, sob o comando de Artur Zaltsman Neto, a vocação familiar se renova, alinhada com os princípios de construções sustentáveis, excelência nos projetos, designs assinados e localizações exclusivas.
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Sobre a Alphaz Concept
A Alphaz Concept é uma incorporadora brasileira que executa projetos assinados de arquitetura com responsabilidade ecológica.
A empresa segue as mais modernas tendências de construções ecologicamente viáveis, práticas de custo otimizado e acima de tudo um produto de alto valor agregado que gera rentabilidade para os proprietários.
Os empreendimentos da Alphaz Concept são equipados com soluções sustentáveis como painéis solares fotovoltaicos, sistemas biodigestores para tratamento de esgoto, captadores de água da chuva, compostagem orgânica e lixeiras para coleta seletiva.
A Alphaz Concept também possui o diferencial de atuar com parceiros técnicos de renome, como o arquiteto Sérgio Fischer. E embaixadores engajados com a causa ambiental, como as atrizes Deborah Secco e Cleo.
Atualmente a Alphaz Concept desenvolve projetos nas regiões Sul do estado de Minas Gerais, Vale do Paraíba, Bahia, Pipa (RN), Litoral Norte de São Paulo (Ubatuba e Ilha Bela), Punta del Este, no Uruguai, e Costa Rica.
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