28 de novembro de 2024

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Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas reacende a necessidade do debate sobre o tema no país

Samanta Pineda é advogada especialista em Direito Socioambiental

Especialistas explicam a necessidade da discussão sobre o tema, e exemplificam ações que podem fazer com que o Brasil seja destaque no cenário mundial

No próximo dia 16 de março é comemorado o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, data que tem o intuito de alertar a população sobre os problemas que a Terra tem enfrentado em relação a diversas alterações do clima, além de também ampliar o real debate para a necessidade de ações que reduzam os impactos dessas mudanças no planeta.

Os efeitos causados pelas mudanças climáticas já afetam diariamente parte da população mundial. Em regiões marginalizadas e vulneráveis, os efeitos causados pelos eventos climáticos extremos, degradação de terras e falta d’água são mais severos e prejudicam até mesmo a saúde da população.

Segundo Samanta Pineda, advogada especialista em Direito Socioambiental, que esteve presente na 27ª Conferência Mundial do Clima (COP 27) no ano passado, realizada em Sharm el-Sheikh, “a população passou a emitir mais gases de efeito estufa (GEE) desde o século XVIII, esse não é um problema novo. Já passou da hora de agirmos contra esse mal.”

Segundo Luiza de Araujo Furiatti, advogada especialista em Direito Ambiental e sócia do escritório de advocacia Pineda & Krahn, “nem todo mundo entendeu de fato o que esse problema vem causando e quais as severas consequências que pode vir a chegar se não buscarmos formas de desacelerar essas mudanças. Essa data é uma oportunidade de aumentar as discussões sobre o tema em escolas, universidades, empresas e até mesmo servir como alerta para grandes líderes mundiais.”

Curto prazo para uma solução

Desde o ano passado, o Brasil sofre as consequências de eventos extremos do clima, como calor e umidade ultrapassando a tolerância humana, e caso não busquemos soluções para conter o aumento da temperatura abaixo de 1,5ºC, teremos impactos irreversíveis ao planeta.

“Eu vejo que infelizmente ainda falta muito para avançarmos sobre esse assunto. A COP é um evento que é realizado todos os anos, mas nessa última edição senti que faltaram medidas concretas nos acordos firmado pelas partes, ou seja, não houve definição sobre origem, transferência ou gestão de recursos, sobre projetos ou formas de fazer acontecer o Acordo de Paris”, diz Samanta Pineda, que também é sócia do escritório de advocacia Pineda & Krahn.

“Precisamos de ações, como mudar significativamente a relação com as fontes de combustíveis fósseis, a fim de diminuir e neutralizar as emissões de gases liberadas na atmosfera. É importante proteger e restaurar as florestas, fazer investimentos em tecnologias para melhorar a agricultura, ajudando comunidades a construir resiliência e aumentando a produção de energia limpa. Precisamos de uma rede contra o aumento da temperatura da Terra”, reforça Luiza de Araujo Furiatti.

Brasil é um país importante neste cenário

No Brasil, diversas atitudes estão sendo tomadas na tentativa de mitigar os gases poluentes. Segundo a especialista Samanta Pineda, um dos pontos para ajudar na diminuição das mudanças climáticas, é a realização da  transição energética adequada.

“O Brasil se afirmou como um País altamente produtivo em Sharm el-Sheihk. Várias indústrias mostraram efetivamente, que é possível a adoção de economia circular, sistemas produtivos menos emissores e mercado de carbono. A transição energética é real, é possível e está aqui.”

“A verdade é uma só, todos podem e devem ajudar a mitigar as mudanças climáticas. Uma simples ação do dia a dia já auxilia. Precisamos fomentar todas as ações previstas na Agenda 2030 e nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e ampliar cada vez mais esse debate no País”, finalizou Luiza de Araujo Furiatti, advogada e sócia do escritório Pineda & Krahn.

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