07 de maio de 2025

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Dores na relação sexual e ao urinar? Pode ser endometriose

Foto: Freepik

Especialista diz que diagnóstico precoce é essencial para iniciar tratamento adequado

Dor durante a relação sexual, problemas para engravidar e desconforto ao urinar podem ser indicativos de uma condição: a endometriose. A doença, que afeta várias regiões do organismo, é definida pelo crescimento do tecido que reveste o interior do útero (endométrio) fora do órgão, geralmente nos ovários e trompas, provocando dor e inflamações. No Brasil, estima-se que oito milhões de mulheres lidam com os desafios causados pela endometriose.

A condição também é uma das principais causas de infertilidade, quadro que afeta de 30% a 50% das mulheres diagnosticadas com endometriose, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Na Bahia, a doença inflamatória atinge aproximadamente 60% das mulheres inférteis, conforme o Movimento Brasileiro de Conscientização da Endometriose (MovEndo).   

Ginecologista e preceptora do internato do curso de Medicina da Universidade Salvador (UNIFACS), Roberta Brito destaca que o principal sintoma associado à endometriose é a dor pélvica crônica. Ela explica que esse fator impacta diretamente na qualidade de vida das pacientes que, por muitas vezes, acabam deixando de fazer atividades no seu cotidiano por conta das fortes dores. 

“Contudo, existem outros sintomas que podem estar diretamente ligados à endometriose, a exemplo de dores durante a relação sexual. Outros fatores, como a infertilidade, também são sinais bastante associados a esta condição”, esclarece.

Prevenção e tratamento 

Apesar de não existir uma forma de prevenção da endometriose, Roberta Brito destaca que o diagnóstico precoce é essencial para o início de um tratamento adequado e rápido, que pode retardar a evolução da doença. A especialista também diz que praticar atividades físicas, alimentação saudável, além de medicações prescritas por médico especialista são fundamentais para amenizar os sintomas da doença.  

“Com o avanço das técnicas de imagem, atualmente, podemos ter um diagnóstico cada vez mais precoce, através da ressonância magnética de pelve e do ultrassom com preparo intestinal que visa uma pesquisa de endometriose profunda. Dessa forma, o médico especialista consegue instituir o melhor tratamento para cada paciente”, aponta. 

Roberta Brito também enfatiza que mulheres no período da menopausa que possuem um diagnóstico de endometriose tendem a regredir os sintomas pela falta de estímulo dos hormônios que causam a ativação dos focos da doença.   “Ademais, é fundamental que qualquer pessoa que apresente sintomas possíveis de uma endometriose busque a ajuda de um médico especialista na área, para que possa dar um melhor diagnóstico e uma melhor condução terapêutica para cada caso individualizado”, finaliza a preceptora do internato do curso de Medicina da UNIFACS, que integra a Inspirali. 

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