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“O design inclusivo não é um detalhe. É a essência de como criar uma plataforma digital”, explica Rubem Andrade, sócio fundador da Igma, empresa que desenvolve soluções digitais para grandes companhias
São Paulo, novembro de 2024 – A forma como os apps e sites são desenvolvidos terá de acompanhar o envelhecimento da população, e as marcas não podem mais deixar de lado essa megatendência apontada por órgãos internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o IBGE, de 2000 a 2023, a proporção de pessoas com mais de 60 anos praticamente dobrou, saltando de 8,7% para 15,6%. Daqui a duas décadas, elas serão a maior fatia da população, representando 28%. Para 2070, a projeção é que cheguem à proporção de 37,8%.
A Igma, empresa desenvolvedora de soluções digitais que atende grandes companhias, está atenta a esse fenômeno, que já é uma realidade global e tende a mexer com diversos setores econômicos nos próximos anos. “Quando falamos em uma jornada de solução digital inclusiva para pessoas mais velhas e gerações que não são nativas digitais, seguimos técnicas e diretrizes da WCAG (Web Content Accessibility Guidelines). Pesquisa e empatia pelo usuário estão no centro do desenvolvimento”, diz Rubem Andrade, diretor de negócios da Igma.
As desenvolvedoras e seus clientes devem proporcionar uma experiência inclusiva aos usuários desde o início da jornada de uso. E, mais do que isso, precisam oferecer familiaridade. “Temos que estar onde nossos usuários estão. Se o público 60+ usa com grande frequência WhatsApp e Facebook, por exemplo, a chance do usuário se adaptar a um app com usabilidade parecida cresce muito”, afirma Andrade.
Andrade alerta que o design inclusivo não é um detalhe. “É a essência de como criar uma plataforma digital. Não estamos apenas projetando aplicativos, mas sim produtos digitais que empoderem as pessoas”.