23 de novembro de 2024

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Especialista afirma que Brasil pode ser um dos principais exportadores de tecnologia climática

Crédito da foto: Banco de Dados Agroforestry Carbon

Startups que oferecem soluções climáticas receberam US$ 2,8 bilhões em aportes; Henrique Galvani, CEO da Arara Seed, destaca que startups brasileiras dispõem de soluções que devem transformar o planeta nos próximos anos

De acordo com informações divulgadas recentemente pela empresa de dados financeiros e software, PitchBook, no primeiro trimestre de 2024, as climate techs  – startups voltadas para soluções climáticas – receberam o total de US$ 2,8 bilhões em aportes, um crescimento de 37,9%, no volume de capital investido. Segundo Henrique Galvani, CEO da Arara Seed, primeira plataforma de equity crowdfunding em startups do agronegócio, a intensificação de aplicações no segmento é reflexo do apetite dos investidores por soluções voltadas para as mudanças climáticas.

“Impulsionadas pelo investimento federal dos EUA na descarbonização industrial, as climate techs estão, rapidamente, desenvolvendo soluções que combatem as mudanças climáticas e também estão de olho no mercado de carbono. Essa tendência não passou despercebida pelos investidores, que estão cada vez mais atentos à necessidade do planeta de enfrentar e diminuir as alterações provocadas pelo aquecimento global”, explica Galvani.

Vale destacar que, de acordo com o relatório Climate Techs Report 2024, elaborado pela Dealroom, 2023 foi o ano mais tórrido já registrado, alcançando temperaturas globais próximas do limite de 1,5 °C. O levantamento também revelou que o mês de fevereiro de 2024 foi o mais quente já catalogado, com uma temperatura média de 1,8 °C acima da era pré-industrial.

“O cenário atual do planeta pede, mais do que nunca, soluções tecnológicas para mitigar os resultados das mudanças climáticas, reduzir emissões de gases de efeito estufa e promover práticas sustentáveis em diferentes setores da economia. Neste quesito, dado a vastidão de recursos naturais que podem alimentar a economia verde, o Brasil tem um potencial gigantesco para tornar-se um dos principais exportadores de tecnologia climática do mundo”, afirma o CEO da Arara Seed.

Inovações são bem-vindas para a imensidão territorial brasileira

Segundo Galvani, a diversidade biológica tem muito a ser explorada de maneira sustentável para a produção de materiais e insumos como biocombustíveis, biofertilizantes, biomateriais e produtos farmacêuticos. Para o executivo, a extensão territorial e a força do agro brasileiro, possibilitará uma presença forte no mercado de carbono, atrelado à reconstrução de áreas desmatadas e pastagens degradadas.

“Nosso mercado dispõe de diversas startups com soluções incríveis que podem e devem transformar o planeta nos próximos anos. A exemplo, podemos citar a Umgrauemeio, que desenvolveu a Pantera, uma plataforma para traduzir os fundamentos do combate a incêndios em soluções tecnológicas, permitindo a identificação instantânea de fumaça e atividades humanas próximas a áreas de floresta e plantações”, expõe Galvani.

Outro exemplo de climate tech brasileira que tem chamado a atenção dos investidores é a Agroforestry Carbon, agtech que desenvolve junto de pequenos agricultores projetos de agrofloresta para compensação voluntária de carbono. Com uma rodada de investimento em andamento pela própria Arara Seed, a startup, que espera captar o total de R$ 1,6 milhão,  já contribuiu para o financiamento do plantio de mais de 280 mil árvores, as quais foram mapeadas com a geotecnologia.

Para o CEO da Arara Seed, o aumento dos aportes em startups que oferecem soluções climáticas é não apenas necessário, como também uma oportunidade lucrativa para os investidores. “O mercado de climate techs está destinado a expandir cada vez mais. A crescente frequência de desastres climáticos e a pressão para a adoção de soluções sustentáveis pela sociedade, governos e empresas impulsionarão ainda mais os investimentos. O mercado de carbono, em particular, oferece uma oportunidade significativa para o Brasil, que pode transformar créditos de carbono em uma fonte lucrativa de receita, contribuindo para uma economia mais verde e sustentável”, finaliza Galvani. 

Sobre a Arara Seed

Fundada em junho de 2022 em Ribeirão Preto (SP), a Arara Seed nasceu com o intuito de revolucionar o investimento em startups no agribusiness, sendo a primeira plataforma com tese de investimentos voltada para o Agro e Food. Até 2030 a Arara Seed pretende investir em 100 startups e cerca de R$ 140 milhões no setor Agro. Regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a plataforma conecta investidores a promissoras AgTechs (startups do agronegócio) e FoodTechs (startups de Alimentos & Bebidas) que passam por uma criteriosa seleção. Saiba por meio do link.

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