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Transtorno pode apresentar diversos sintomas e ser diagnosticado ainda na infância
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem sido frequentemente tema de debates. Por isso, é importante entender os principais sintomas e os subtipos desse transtorno bastante discutido atualmente, sobretudo em crianças e adolescentes.
A psicóloga e professora do curso de Psicologia da UNINASSAU Olinda, Laíse Vasconcelos, explica que os sintomas diferem de pessoa para pessoa, especialmente quando envolvem outras comorbidades. Enquanto alguns indivíduos apresentam mais intensidade na desatenção, outros podem ter danos maiores pela impulsividade e hiperatividade.
“Existem inúmeros fatores apontados como possíveis causas do TDAH. Pessoas com esse transtorno possuem uma degeneração nos neurotransmissores da parte frontal do cérebro, que tem a capacidade de inibir o comportamento inadequado, sendo os responsáveis por fazerem as conexões entre os neurônios. Essa condição pode ser herdada dos pais”, explica.
Segundo a psicóloga, existem diversos subtipos do TDAH, como a desatenção. Seus principais sintomas são a distração e dificuldade em manter o foco, seguir instruções e organizar tarefas. Outro exemplo é o hiperativo-impulsivo, caracterizado por casos de inquietação, agir sem pensar nas consequências e interromper conversas. Há também o combinado de ambos.
“O subtipo mais comum é quando há a presença da distração com a hiperatividade-impulsividade, onde as pessoas apresentam uma série de sinais dos dois grupos. Para ser diagnosticado, é necessária uma avaliação clínica e neuropsicológica dos sintomas persistentes em diferentes contextos, como em casa, na escola ou no trabalho, a fim de ter uma maior gama de análise das condições. Contudo, vale ressaltar que os diagnósticos não são simples, pois há uma sobreposição dos sintomas, casos da ansiedade, depressão e dificuldades de aprendizagem.” “Após o diagnóstico, é preciso que o indivíduo receba acompanhamento de um especialista. A terapia comportamental também pode ser realizada a fim de reduzir a impulsividade e condutas indevidas. Na escola, alguns casos precisam de assistência psicopedagógica e auxílio escolar para melhorar no convívio com os colegas. Já em adultos, o tratamento junta educação no transtorno, cuidados com a alimentação, exercícios físicos, sono adequado, psicoterapia e medicação (se for indicada para ajudar no controle dos sintomas)”, finaliza Laise Vasconcelos.