24 de novembro de 2024

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Festival de Surfe Adaptado acontece neste mês no Guarujá

Foto: Pexes / Divulgação

Esporte, que é grande aliado no desenvolvimento de PCDs, terá a participação da especialista em temas de inclusão e diversidade, Natalie Schonwald

Nos dias 22 e 23 de junho, a praia de Pernambuco, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, receberá o Festival de Surfe Adaptado. Na ocasião, a profissional, focada em temas de inclusão e diversidade, Natalie Schonwald, que pratica o esporte há um ano, estará participando do evento.

Trabalhar o equilíbrio, enfrentar dificuldades, controlar a emoção e expandir o convívio social, além de estar em contato direto com a natureza estão entre os principais benefícios do surfe, um esporte sem restrições que busca desenvolver todos os potenciais de uma pessoa.

Atualmente, o surfe adaptado, voltado para as pessoas com deficiência (PCDs), tem o objetivo de não buscar a perfeição, mas sim a diversão aliada às habilidades e capacidades de cada pessoa, o que o torna, assim, um instrumento de inclusão social e diversidade, deixando, de início, a competitividade em segundo plano. No entanto, está se revelando cada vez mais profissional, sendo uma das modalidades cotadas para estrear nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles em 2028.

Natalie treina na escola Surfistas Para Sempre, que fica na praia de Pernambuco, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, onde também é embaixadora da equipe feminina de surfe adaptado. O evento é organizado pelo seu instrutor e fundador da escola, Eduardo da Silveira, que também é professor de educação física. “Além de me divertir muito, espero conseguir pegar algumas ondas, mas principalmente pretendo ter maturidade emocional para saber que poderei ter dificuldades, e que isso não quer dizer que fracassei”, explica Natalie, que tem ótimas expectativas.

Para deslizar sobre as ondas, a profissional utiliza uma prancha de Stand Up, no entanto, com o passar do tempo, existe a possibilidade de trocar o equipamento, para sempre alcançar uma evolução independentemente do tipo de prancha.

Benefícios

A atividade física no surfe é completa, já que trabalha todos os músculos do corpo: membros superiores para remar e ficar em pé na onda; membros inferiores para o indivíduo se manter na onda; e os neurotransmissores, liberados durante os momentos de prazer, que melhoram a saúde mental, diminuem o estresse e aumentam o bem-estar e a sensação de felicidade.

A procura pela versão adaptada vem ganhando maior visibilidade devido à divulgação do esporte em si, com os atletas brasileiros se tornando campeões mundiais e também por ser considerado um esporte olímpico.

Ótimos resultados

“Minha qualidade de vida se transformou em diversos aspectos positivos, o primeiro foi o psicológico, já que mais uma vez superei um desafio. Por consequência, voltei às sessões de fisioterapia com exercícios focados na categoria e a trabalhar com personal trainer. Nas questões motoras, estou retomando alguns movimentos da mão e o equilíbrio, além do ganho de força, pois nas aulas, a atividade de ajoelhar na prancha ajuda nessa parte. O lado cognitivo também melhorou, inclusive meu sono, e os exercícios físicos proporcionados com a prática do esporte ajudam no aumento da concentração, fazendo com que minhas atividades profissionais rendam mais”, explica Natalie.

Natalie Schonwald

Natalie é psicóloga, pedagoga, palestrante de inclusão e diversidade e autora dos livros “Na Cidade da Matemática” e “Na Cidade da Matemática – Bairro das Centenas”.

É pós-graduanda em Psicopedagogia pelo Instituto Singularidades (SP). Na área da educação e alfabetização, trabalha com os anos finais da Educação Infantil e iniciais do Ensino Fundamental I. Nesta área da educação, Natalie completa seu trabalho escrevendo artigos. A profissional também faz parte da direção da Associação dos AVCistas do Brasil – uma organização comunitária de acolhimento às vítimas de AVC e seus familiares. Como atleta, também participou do mundial de adestramento paraequestre em 2003 – pratica esporte desde seus 9 anos e também é embaixadora da equipe feminina de surfe adaptado.

Após um AVC com 8 meses, enfrentou um caminho de superação. Sua história é marcada não apenas pela adversidade, mas pela resiliência e conquistas que a transformou em fonte de inspiração, destacando a importância da inclusão e da diversidade em todas as suas formas.

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