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Iniciativa é da Escola Internacional para Sustentabilidade e parceiros; inscrições começam na segunda-feira (7)
Medidas individuais e coletivas são emergenciais para minimizar os impactos das mudanças climáticas e, neste cenário, um elemento fundamental é o conhecimento – o que fundamentou o lançamento do novo curso da Escola Internacional Para a Sustentabilidade (EIS), iniciativa educacional da Itaipu Binacional e do Itaipu Parquetec. As inscrições poderão ser feitas pelo site da EIS: https://www.itaipuparquetec.org.br/eis.
Para marcar o início da nova formação, a EIS promoveu nesta terça-feira (02) um webinar com autoridades e parceiros na elaboração do curso – como a Rede Internacional de Pesquisa Resiliência Climática (RIPERC) e o Núcleo de Inteligência Territorial, convênio da Itaipu e Itaipu Parquetec -, e com a palestra do renomado especialista na temática, professor Dr. Francisco Mendonça, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“Esse curso vem enriquecer para que possamos ter elementos para fazer a discussão sobre as mudanças climáticas no dia a dia. Só gerando nova consciência podemos construir uma mudança efetiva na sociedade”, pontuou o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.
A diretora administrativo-financeira do Itaipu Parquetec, Clerione Herther, comentou que, no processo de transição energética – uma das principais áreas de atuação da instituição -, a educação é fundamental. “Esse curso fornece conhecimento para que se possa discutir de forma cada vez mais profunda os impactos das mudanças climáticas para o nosso futuro”.
O coordenador da EIS pela Itaipu, Rodrigo Cupelli, agradeceu a todos os profissionais que participaram da elaboração da formação. “Para construir um novo curso com conhecimento validado cientificamente precisamos de muitas pessoas trabalhando. A Escola tem a proposta de disponibilizar cursos gratuitos, sempre em consonância com a sustentabilidade, e consideramos essencial trazer o tema das mudanças climáticas neste momento”.
E ressaltou que, além do curso, a temática também é abordada nos conteúdos divulgados nas redes sociais da EIS, para alcançar e conscientizar um público ainda maior.
Em relação às mudanças climáticas, a coordenadora da RIPERC, professora Dra. Irene Carniatto, destacou que “é preciso e urgente ter ações de curto, médio e longo prazo, que envolvam não apenas nossas ações individuais, como reciclar o lixo, mas também o compromisso de políticas públicas”. “Façam o curso, aproveitem esse conhecimento, discutam nos fóruns e façam parte desse processo”, complementou.
Em sua palestra, o professor Dr. Francisco Mendonça falou sobre os eventos extremos climáticos – como ondas de calor e inundações – que se tornaram mais repetitivos e intensos devido às mudanças climáticas, trazendo cada vez mais impactos aos seres humanos – especialmente àqueles em situação de maior vulnerabilidade social.
Envolvimento da humanidade
Também apresentou cenários do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, instituição que baliza com dados as políticas mundiais, que mostra que a partir da era industrial (1850) até 2020 houve o aumento de 1,5º C na temperatura média do planeta. “Se nada fizermos para conter a emissão de gases, vamos para um cenário de aumento de 4,5º C nos próximos 50, 70 anos. Se fizermos ações drásticas, para reduzir a zero ou quase zero daqui até 2030, poderia subir 1,5ºC. Esse sonho já não será realizado”, disse o professor.
Conforme Mendonça, os cenários dependem do envolvimento de toda a humanidade. “Não existe mais aquele discurso de que o problema são os Estados ou as empresas, afinal as instituições são compostas por pessoas. O indivíduo no seu dia a dia pode e deve fazer muita coisa”.
Sobre o curso
As inscrições para o curso “Mudanças Climáticas – A Emergência dos Nossos Tempos”, na modalidade ensino a distância e 100% gratuito, iniciam na próxima segunda-feira (07 de outubro). As vagas são limitadas.
Entre os objetivos da formação estão a apresentação do histórico das causas das mudanças climáticas, a disseminação da temática em diferentes setores para a busca de alternativas, visando a formulação de planos de adaptação e resiliência climática; despertar a consciência para o atendimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e para ações que podemos realizar para diminuir os efeitos das mudanças climáticas.