O Projeto Coral Vivo, em colaboração com órgãos públicos e com o patrocínio da Petrobras, está transformando a vida de milhares de estudantes e professores do Ensino Fundamental em vários municípios brasileiros
Ao longo de 2023, mais de 63 mil exemplares do livro “A Teia das Águas” foram lidos, discutidos e estudados por alunos e professores do Ensino Fundamental de várias regiões do Brasil, através do programa “Literatura Atlântica”. O livro, produzido pelo Coral Vivo em parceria com a REDAGUA, é uma obra de poesia voltada para crianças que aborda a conectividade dos ambientes da Baía de Guanabara e seu entorno. Escrito por Roseana Murray e Bia Hetzel, com ilustrações de Daniel Gnattali e consultoria científica da Dra. Débora Pires, fundadora do Coral Vivo, “A Teia das Águas” apresenta seres e relações ecológicas que costumam ser desconhecidos ou passar despercebidos por quem vive e visita a região.
Do total de exemplares doados, 55 mil destinaram-se à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, a maior rede pública de ensino da América Latina. O conteúdo está sendo trabalhado nas salas de aula com alunos do 3º ano do Ensino Fundamental desde o início do ano letivo de 2023.
“As crianças são a nossa esperança, e a formação de leitores críticos e bem-informados pode nos salvar de hábitos e padrões culturais que ameaçam a natureza e a vida. O programa “Literatura Atlântica” possui o poder de sensibilização, não apenas por meio da arte e da ciência, mas também graças à força das parcerias estabelecidas pelo Coral Vivo. Nos próximos anos, com a chegada de mais títulos ao catálogo e a colaboração de novos parceiros, estamos confiantes de trilhar o caminho certo”, afirma Flávia Guebert, coordenadora geral do Projeto Coral Vivo.
“Os alunos que receberam o livro foram aqueles que estavam no 1º ano em 2020, no começo da pandemia de Covid 19, e por isso sofreram defasagem no aprendizado. A obra de literatura vem sendo objeto das aulas de reforço de alfabetização dessas crianças. O nosso intuito é gerar um tsunami de sensibilização em nossas redes”, conta Bia Hetzel, coordenadora de imagens do Projeto Coral Vivo e responsável pela implementação do “Literatura Atlântica”.
Em Niterói, do outro lado da baía, a adoção da obra chegou pela parceria do projeto com a Secretaria Municipal de Cultura e o Teatro Popular Oscar Niemeyer. O musical “A Teia das águas”, criado por Julia Cardenas, do Teatro Azul, e dirigido por Ligia Veiga, da Cia de Mystérios, já foi assistido por cerca de 1.600 alunos e professores, em apresentações gratuitas realizadas ao longo desse semestre.
Entre abril de 2022 e setembro de 2023, através de diferentes parcerias de adoção, crianças e educadores de várias regiões do Brasil também tiveram acesso a outros dois títulos produzidos pelo Projeto Coral Vivo: “Grude-Grude” e “Guia do Naturalista do Litoral Sul da Bahia”.
Ambientado nos mares do sul da Bahia, “Grude-Grude”, escrito e ilustrado, respectivamente, por Bia Hetzel e Mariana Massarani, é um conto cumulativo que explora o universo dos recifes de coral brasileiros. Adotado em vários municípios, o livro literalmente “grudou” nos corações de mais de 3 mil pessoas desde o seu lançamento e passou a integrar o acervo de mais de mil salas de leitura do nosso país.
A consultora científica Débora Pires, fundadora do Projeto Coral Vivo e uma das mais renomadas biólogas marinhas do país, tem papel fundamental na garantia da qualidade e precisão de todos os livros do “Literatura Atlântica”. Débora também assina, junto de Thaïs Hokoç M. De Melo, a autoria do “Guia do Naturalista do Litoral Sul da Bahia”, ilustrado por Laura Nery. O título, que teve tiragem de mil exemplares em sua primeira edição, também foi adotado pelas escolas e propõe atividades lúdicas sobre cinco ecossistemas litorâneos: manguezal, restinga, faixa de areia, poça de maré e recife de coral.
O Programa Literatura Atlântica já chegou a Porto Seguro e Caravelas, no sul da Bahia; João Pessoa, na Paraíba; Oeiras, no Piauí; Rio de Janeiro, Niterói, Itaboraí, Resende, Angra dos Reis, Petrópolis, Saquarema e Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro; e Salinas, em Minas Gerais. Essas adoções têm possibilitado ampliar o diálogo sobre a conservação ambiental e sensibilizar a sociedade a respeito da vulnerabilidade dos ambientes costeiros e marinhos do Brasil. Assim, incentiva-se o fortalecimento da cultura oceânica.
Para democratizar o acesso aos conteúdos, as versões digitais de todos os livros publicados pelo Instituto Coral Vivo estão disponíveis para download gratuito no site do Projeto Coral Vivo. Para acessar as obras, acesse o site.
Sobre o Coral Vivo
O PROJETO CORAL VIVO nasceu no Museu Nacional/UFRJ, a partir de pesquisas em recifes e ambientes coralíneos brasileiros. Desde 2006, com o patrocínio da Petrobras, além de parcerias locais e nacionais, passou a atuar junto a vários setores da sociedade, como os órgãos governamentais; as universidades e escolas; os conselhos gestores; o segmento de turismo; os pescadores e os coletivos jovens. O projeto possui uma Rede de Pesquisas com 14 instituições envolvidas e uma Base de Pesquisas e Visitação em Porto Seguro (BA). Suas ações de educação incluem a formação continuada de professores, a edição e difusão de publicações e vídeos de divulgação científica. O projeto tem vários e importantes livros publicados, disponibilizados gratuitamente para download em seu site, alguns deles alvo de ações de adoção extraordinárias por parte de secretarias de educação, além de uma produção científica robusta e internacionalmente reconhecida e referendada.
Além de integrar a Rede BIOMAR, o Coral Vivo faz parte também da Rede de Conservação das Águas da Guanabara e Entorno (REDAGUA), que reúne, igualmente, todos projetos apoiados pela Petrobras. A rede tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade, prestação de serviços ecossistêmicos, restauração ambiental, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação na região da Baía de Guanabara e entorno, sendo constituída pelos Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e Uçá.
As ações do Projeto Coral Vivo são viabilizadas também pelo copatrocínio do Arraial d’Ajuda Eco Parque.
Nas redes sociais, o Coral Vivo já tem mais de 380 mil seguidores e em seu canal do Youtube veicula uma produção audiovisual diferenciada em termos de sensibilização e conteúdo. Venha mergulhar nessas redes para saber mais e, quem sabe, ser colaborador e apoiador do Coral Vivo: coralvivo.org.br