27 de novembro de 2024

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Mais de 660 ideias estão inscritas no Sinapse da Bioeconomia, programa que vai originar até 70 novos negócios na região da Amazônia Legal

No dia 1º de agosto, serão anunciadas as até 200 propostas que avançam para a próxima fase

Mais de 660 ideias estão inscritas no Sinapse da Bioeconomia, programa da Plataforma Jornada Amazônia que tem como meta originar até 70 novos negócios de impacto nos estados que compõem a Amazônia Legal. Os projetos, 662 no total, são de proponentes de 119 municípios brasileiros de 22 estados – os estados com mais inscrições são Pará (207), Amazonas (148) e Amapá (55).

Agora, o Sinapse Bio, como o programa também é chamado, entra na fase de seleção, em que o potencial de inovação das propostas será avaliado nos critérios Solução, Mercado, Equipe e Impacto. No dia 1º de agosto, serão divulgadas até 200 ideias que avançam para a Fase de Projeto de Fomento; e, dessas, até 70 serão selecionadas para a pré-incubação e receberão suporte para formalizar os negócios, além de novas capacitações e de recursos financeiros fornecidos pelo programa.

“Tivemos excelentes resultados nessa fase do Sinapse Bio, especialmente pela participação de todos os nove estados da Amazônia Legal, que lideraram as inscrições, mostrando o potencial de protagonismo do próprio território em desenvolver inovação para as cadeias da floresta”, explica Marcos Da-Ré, diretor de Economia Verde da Fundação CERTI.

Os principais segmentos econômicos dos negócios ou projetos inscritos são Alimentos e Bebidas, Agronegócio, Florestal, Serviços, e Gestão de Resíduos e Reciclagem; com os alvos de inovação da maioria sendo o desenvolvimento de produtos B2C (ou seja, vendidos diretamente para o consumidor final), o desenvolvimento de novos ingredientes e matérias-primas, e a melhoria e controle de qualidade de produtos já existentes. Entre as propostas recebidas, 87% foram submetidas por proponentes em nível superior, sendo mais de 50% desses proponentes com pós-graduação em andamento ou concluída. “Isso com certeza reflete na qualidade dos projetos”, observa Da-ré.

A maior parte das soluções inscritas está na fase de ideação, seguido de protótipo (em que o produto já foi elaborado, e experimentos e testes já foram realizados) e MVP (em que a proposta já conta com um produto mínimo viável para validações iniciais com clientes).

“Estamos com boa expectativa em relação aos projetos que passam para a próxima fase e que evoluem suas propostas com as capacitações e feedbacks dos avaliadores. Não só os 70 selecionados na etapa final, mas também todas as propostas que avançam nessa fase de detalhamento, ficam mais próximas de transformar sua ideia finalmente em um negócio”, complementa Da-ré.

O Sinapse da Bioeconomia vai oferecer até R$ 70 mil para cada um dos negócios selecionados, totalizando R$ 4,9 milhões em recursos não-reembolsáveis. Com o objetivo de transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso que contribuam para a preservação da floresta em pé, o programa oferece ainda capacitações e conexões com o mercado – as capacitações já começam durante o próprio processo seletivo, com os empreendedores recebendo orientações para elaborar o plano de desenvolvimento do negócio; incluindo viabilidade técnica, financeira e de mercado, além da definição de como o recurso a ser recebido será utilizado nos meses seguintes.

 Não é necessário ter empresa constituída para participar do programa: os participantes pessoa física vão receber assessoria completa para formalizar seus negócios até o início da etapa de pré-incubação, uma vez que os recursos financeiros só serão entregues a empresas com CNPJ registrado na região da Amazônia Legal. No caso de empresas já existentes, estas precisam estar estabelecidas e registradas na região da Amazônia Legal e ser compatíveis com os balizadores do regulamento, como limite de faturamento e enquadramento fiscal – o foco do programa está em negócios em fase inicial.

O período de execução dos projetos aprovados no Sinapse da Bioeconomia tem duração de seis meses. Gratuito e realizado de forma híbrida, com atividades presenciais acontecendo em diferentes locais da Amazônia Legal, o programa envolve capacitações, encontros presenciais, oportunidades de networking, e dá suporte às empresas participantes para que desenvolvam seus negócios em conjunto com os recursos recebidos. Ao final, os participantes terão a oportunidade de apresentar suas ideias a potenciais clientes, investidores e parceiros em uma Feira de Negócios. Com edições previstas também para 2024 e 2025, o Sinapse Bio pretende apoiar a criação de um total de 200 empresas.

A Plataforma Jornada Amazônia

O Sinapse da Bioeconomia integra a Plataforma Jornada Amazônia, projeto que busca apoiar a criação de um pipeline de startups inovadoras para impulsionar o empreendedorismo, estabelecer e qualificar conexões com o mercado, e fortalecer o ecossistema de inovação e impacto positivo na região. Para contemplar e incentivar também outras etapas da jornada empreendedora, a Plataforma conta ainda com dois outros programas: o Gênese e o Sinergia. A Plataforma Jornada Amazônia é um projeto realizado e coordenado pela Fundação CERTI e pelo Instituto CERTI Amazônia, com a coparticipação e investimentos do Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco e Santander. Até 2025, a Plataforma pretende mobilizar 20 mil talentos empreendedores, criar 200 novas startups de impacto, qualificar 100 empresas, e investir nas 30 startups mais promissoras. O projeto também busca conectar e dinamizar os ecossistemas de inovação da região amazônica e potencializar a competitividade da floresta em pé por meio do empreendedorismo inovador sustentável.

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