23 de novembro de 2024

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Medalhas de Ouro, Prata e Bronze: atletas de projetos sociais impulsionam o Brasil nas Olimpíadas

Imagem: Freepik

Conheça as trajetórias de atletas que alcançaram o estrelato começando suas carreiras em iniciativas esportivas de instituições sociais

As trajetórias de muitos atletas brasileiros que estão competindo e ocupando o pódio nas Olimpíadas de Paris revelam que o talento e a oportunidade precisam caminhar juntos, caso contrário, fenômenos do esporte como Rebeca Andrade, teriam outras histórias.
 

A ginasta começou a treinar no ginásio Bonifácio Cardoso, em Guarulhos, São Paulo, e fez parte do projeto social Futuro Campeão, iniciativa da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) que tem o objetivo de promover e incentivar a ginástica artística em comunidades vulneráveis.
 

Sua paixão pela ginástica começou cedo. Aos quatro anos, começou a treinar no projeto social, mas, por falta de dinheiro – sua mãe era empregada doméstica e criou outros sete filhos sozinha – precisava caminhar cerca de duas horas para chegar ao ginásio. No caminho, ela e o irmão mais velho coletavam papelão para vender e ajudar nas despesas. Tais dificuldades nunca foram motivos para ela desistir de percorrer seu destino no esporte.

Promovendo inclusão social, iniciativas como as que revelaram a ginasta, oferecem aos jovens de comunidades carentes uma maneira de escapar da pobreza e da violência e de mudarem suas vidas e a de seus familiares completamente.
 

Segundo Andrea Moreira, CEO da Yabá, Consultoria ESG que atua como uma ponte entre empresas e organizações sociais, o esporte é uma poderosa ferramenta de inclusão e combate à desigualdade social: “Projetos que fomentam o potencial de jovens e crianças oferecem uma oportunidade para eles sonharem e crescerem em um ambiente seguro e transformador. O esporte fortalece comunidades, ajuda a desenvolver habilidades importantes nas pessoas e oferece oportunidades para todos participarem de maneira significativa na sociedade”, avalia a especialista.
 

Tanto empresas como pessoas físicas podem potencializar, ampliar e investir no esporte brasileiro via Lei de Incentivo ao Esporte. Com o objetivo de promover e incentivar cada vez mais atletas do Brasil, a Lei é uma importante legislação que permite a propagação do esporte em toda a sociedade.
 

Andrea explica como funciona a Lei de Incentivo ao Esporte: “Empresas tributadas no Lucro Real podem destinar até 2% do Imposto de Renda para a implementação de projetos esportivos e paradesportivos em todo o território nacional. Estes recursos, que são públicos, beneficiam crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência, tornando-se um mecanismo de exímia importância para a inclusão social no Brasil.”
 

Para a especialista, projetos sociais que promovem o esporte às crianças e adolescentes carentes são fundamentais: “o esporte possibilita e reforça a educação escolar, disciplina e formação profissional, preparando-os tanto para o mercado de trabalho, como também para a carreira de atleta de alta performance, caso seja a intenção do jovem”, enfatiza Andrea Moreira.
 

Atletas que emergem de projetos sociais frequentemente se tornam exemplos e fontes de inspiração para suas comunidades. Suas histórias de superação demonstram que é possível alcançar grandes feitos e inspirar novas gerações. Além da Rebeca, muitos outros atletas iniciaram suas carreiras desta forma e hoje são exemplos de inspiração, confira alguns deles!
 

Bia Souza
 

A judoca, que entre tantos títulos ganhou duas medalhas (ouro e bronze) nas Olimpíadas de Paris, começou a carreira aos sete anos com ajuda do projeto social Curumim, em Peruíbe, litoral de São Paulo.
 

Rafaela Silva
 

Rafaela ingressou na equipe de judô do Instituto Reação, fundado pelo ex-judoca Flávio Canto, no Rio de Janeiro. Ela conquistou o ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, e bronze no judô por equipes, em Paris.
 

Roberta Ratzke
 

Levantadora da seleção feminina de vôlei, teve início no voleibol por meio de aulas do Instituto Compartilhar em Curitiba, no Paraná. O projeto foi criado pelo técnico e ex-jogador Bernardinho, em 1997. A atleta conquistou a medalha de prata, em Tóquio, em 2020 e está em disputa pelo pódio nas Olimpíadas em Paris.
 

Isaquias Queiroz
 

O atleta começou a treinar canoagem aos 13 anos, no projeto social Remando em Águas Baianas, em Ubaitaba, na Bahia. Conquistou quatro medalhas nos Jogos Olímpicos: Em 2016, no Rio de Janeiro, conquistou três medalhas e em Tóquio conquistou a medalha de ouro. Isaquias está em busca de repetir o topo do pódio nas Olimpíadas em Paris.

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