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A humanidade gera entre 2,1 bilhões a 2,3 bilhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, aumentando a poluição do solo, água e ar

O mês do Meio Ambiente é uma oportunidade para discutir estratégias que visam promover medidas de contenção diante da crise climática que o mundo enfrenta. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a humanidade gera entre 2,1 bilhões a 2,3 bilhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, aumentando a poluição do solo, da água e do ar; além da própria emissão de gases do efeito estufa, degradação da paisagem e biodiversidade e a proliferação de vetores de doenças. Nesse contexto, a promoção de noções relativas à reciclagem e à economia circular se torna tão importante.

Em ano de COP 30 – que será realizada em novembro em Belém (PA) – o Brasil terá a oportunidade de apresentar à comunidade internacional seu compromisso com a agenda climática. Mas, para isso, é necessário dialogar com agentes importantes que desempenham um papel fundamental na promoção da conscientização ambiental, especialmente no que diz respeito à reciclagem e à economia circular — dois pilares essenciais para a construção de um futuro mais equilibrado.

Esse conceito, quando incorporado às práticas empresariais, não apenas contribui para a preservação dos recursos naturais, mas também cria oportunidades de inovação, redução de custos e fortalecimento da imagem institucional. No Brasil, a economia circular possui o potencial de injetar até R$11 bilhões por ano na economia brasileira e gerar cerca de 240 mil novos empregos até 2040 como projetado pela Ambipar.

“Acredito que a economia circular é uma das chaves para o desenvolvimento sustentável. Ao repensar a forma como produzimos, consumimos e descartamos, criamos um ciclo virtuoso que reduz impactos ambientais, gera valor para a sociedade e impulsiona a inovação dentro das empresas. A sustentabilidade deve ser um compromisso inegociável e é por meio da circularidade que transformamos desafios ambientais em oportunidades de crescimento responsável”, comenta Patrício Malvezzi, CEO da equipa Group e fundador do Projeto Tran$forma.

Impacto de políticas internas na conscientização ambiental

No Brasil, a adesão à economia circular tem avançado significativamente. Uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 85% das indústrias brasileiras já adotam pelo menos uma prática circular, como reutilização de materiais, reciclagem pós-consumo e logística reversa.

No entanto, a implementação de políticas internas voltadas à conscientização ambiental também é importante. Para Augusto Freitas, CEO da Cristalcopo e fundador do Projeto Recicla Junto, a criação do projeto veio da necessidade de promover a educação socioambiental de uma forma mais tangível.

“A reciclagem é um dos pilares fundamentais para construirmos um futuro mais sustentável, mas ainda há desafios importantes a ser superados no Brasil. Precisamos investir em educação ambiental, facilitar o acesso a pontos de coleta e incentivar políticas que ampliem a economia circular. Cada ação conta, e transformar a reciclagem em um hábito diário é essencial para reduzir impactos no meio ambiente e garantir um planeta mais equilibrado para as próximas gerações”, pontua.

Para a semana do Meio Ambiente, por exemplo, foram implementadas em parceria com o Recicla Junto inúmeras ações internas como palestras temáticas, exposições fotográficas e o Cine Natureza – sessões de cinemas para os colaboradores da empresa com a transmissão de filmes e documentários sobre o tema.

A promoção desses valores dentro da cultura organizacional de empresas além de informar também torna os colaboradores mais engajados já que eles compreendem melhor seu papel na preservação do meio ambiente. Empresas que incorporam tais princípios não apenas se destacam no mercado como agentes de transformação, mas também colaboram ativamente para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os que tratam de consumo responsável.