17 de abril de 2025

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Meu filho é neurodivergente: como lidar com o diagnóstico e oferecer apoio emocional

Foto: Freepik

Especialista fala sobre as dificuldades enfrentadas pelos pais e como superar expectativas irreais, valorizando a individualidade das crianças atípicas.

São Paulo – Receber o diagnóstico de que seu filho é neurodivergente pode desencadear uma série de sentimentos complexos. Um dos mais comuns é o luto pelo “filho idealizado”, aquele que não corresponde às expectativas pré-concebidas dos pais. Essa experiência pode ser dolorosa, sobretudo quando essas expectativas são irreais ou inalcançáveis. No entanto, é crucial que os responsáveis compreendam que cada criança é única, com  personalidade, habilidades e interesses próprios.

Segundo Andreia Rossi , educadora parental, psicopedagoga, mestre em Comunicação Social e mãe atípica, crianças não devem ser comparadas e, quando são neurodivergentes não devem ser comparadas ou exigidas que sejam ditas “normais”,  e nem forçadas a se encaixarem em padrões sociais preestabelecidos. “Valorizar tanto as limitações quanto às qualidades de cada criança fortalece sua identidade e autoestima”, destaca a especialista.

Andreia ainda ressalta que as mães, em particular, podem sentir a pressão de seguir normas impostas pela sociedade quanto à criação dos filhos. “É fundamental lembrar que cada família tem suas próprias necessidades, valores e escolhas. Elas devem ser respeitadas e apoiadas em suas decisões”, afirma.

Quando se trata do diagnóstico de uma criança neurodivergente, a educadora reforça que a maternidade é uma jornada desafiadora, repleta de mudanças profundas — físicas, emocionais, psicológicas e sociais. “Tanto mães de crianças típicas quanto mães atípicas enfrentam desafios diários, mas as últimas encaram obstáculos adicionais, como lidar com uma deficiência ou condição de seus filhos”, explica Andreia.

A especialista também fala sobre a constante preocupação dos pais em relação às possíveis adversidades no desenvolvimento de seus filhos. “Há inúmeras incertezas no caminho de uma criança neurodivergente. No entanto, não é culpa dos pais quando algo não sai conforme o esperado, nem sinal de falta de habilidade. Às vezes, será necessário explicar à criança que não conseguiremos resolver tudo, mas estaremos sempre ao lado dela para oferecer apoio incondicional”, conclui Andreia Rossi.

Sobre a especialista:

Andreia Rossi é psicopedagoga e orientadora parental, especializada em Transtorno Opositivo Desafiador e em relações entre pais e filhos. Sua especialização se deu pelo fato de sua filha adolescente, receber o laudo de TOD aos 8 anos. Hoje, ela é fonte de informação nas redes sociais, além de ministrar cursos e palestras.

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