15 de abril de 2025

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Natal Solidário: como as contribuições impactam diretamente comunidades vulneráveis

Foto: Freepik

Especialista em serviço social explica como iniciativas podem promover a superação

Com a chegada do fim do ano, cresce a mobilização em torno das doações solidárias. Além de representar um gesto de empatia e solidariedade, essas ações têm o potencial de transformar a realidade de milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Seja na forma de alimentos, roupas, brinquedos ou recursos financeiros, as doações ajudam a suprir necessidades básicas e a trazer dignidade para quem mais precisa.

De acordo com dados recentes do IBGE, mais de 33 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar. Para essas famílias, uma simples cesta básica pode significar não apenas um prato de comida, mas também esperança e alívio em meio às dificuldades diárias.

Luiza Gerber, com mais de 30 anos de experiência em projetos de assistência e tutora dos cursos de Serviço Social e Administração Pública na UNIASSELVI, destaca a relevância dessas ações:

“As doações de fim de ano têm um impacto emocional e social muito forte. Elas não só atendem às necessidades materiais das pessoas, mas também levam uma mensagem de que elas não estão sozinhas, o que é fundamental para o fortalecimento da autoestima e da coesão social”.

A educadora destaca que no Brasil, tanto a sociedade civil como técnicos da área social, lutaram e continuam lutando por políticas públicas de assistência social:

“Contudo, há desigualdade social e econômica, isso nos instiga também a desenvolver atividades voltadas para minimizar estas adversidades, em especial, junto a comunidades vulneráveis em todo o país”.

Propósito das ações solidárias

Os exemplos de como essas doações fazem a diferença são inúmeros. Instituições como creches e asilos frequentemente relatam que o Natal só se torna possível graças à solidariedade da sociedade. Este ano, só na cidade de São José (SC) mais de mais de 400 adultos e crianças foram impactados com o “Natal Solidário” do Centro Universitário, que arrecadou cerca de 3 mil itens entre alimentos, bebidas, materiais escolares e brinquedos. Os donativos foram compartilhados com a Associação Comunitária da Boa Vista e a Casa Lar.

Ainda segundo Luiza, a continuidade das doações é essencial para gerar um impacto mais duradouro:

“O ideal é que as pessoas olhem para essas ações não apenas como um evento sazonal, mas como parte de um compromisso contínuo. Assim, podemos contribuir para a transformação estrutural dessas comunidades e criar condições mais dignas para todos”.

Com um gesto simples, qualquer pessoa pode participar dessa rede de solidariedade. Organizações não governamentais, igrejas, empresas e até mesmo grupos de amigos organizam campanhas que fazem a diferença. Cada contribuição, por menor que seja, carrega o poder de mudar histórias e inspirar um novo ciclo de generosidade.

A docente ressalta:

“Para saber como ajudar, procure instituições confiáveis ou participe de campanhas locais em sua cidade. A solidariedade pode começar com uma pequena atitude e, no fim, transformar não apenas a vida de quem recebe, mas também de quem doa”.

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