28 de setembro de 2024

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Neuroplasticidade: como o cérebro humano se reconfigura para obter melhores resultados 

Imagem: Freepik

Neuroplasticidade expande os limites humanos: Pessoas com sérias lesões cerebrais que, por meio de estimulação dirigida e específica, conseguem superar obstáculos cognitivos e físicos antes considerados insuperáveis.  

O tema neuroplasticidade vem ganhando espaço de destaque na mídia à medida que também se tornam mais visíveis os casos de pessoas com sérias lesões cerebrais que, por meio de estimulação dirigida e específica, conseguem superar obstáculos cognitivos e físicos antes considerados insuperáveis.  

O avanço científico nas áreas das neurociências, psicologia e psiquiatria e até da inteligência artificial vem possibilitando um salto quase quântico das terapias de recuperação dessas lesões.  

No entanto, a neuroplasticidade não serve apenas para a superação de limitações físico-mentais causadas por acidentes ou doenças. Cada vez mais ela vem sendo estudada para ser aplicada na superação de limites cognitivos e motores de pessoas já com alto rendimento.  

Centros acadêmicos e científicos mundialmente renomados vêm intensamente apresentando estudos e resultados surpreendentes, e o Brasil não fica atrás. Um exemplo disso, é a Universidade Tiradentes (Unit), de Sergipe, cujo curso de pós-graduação em neuropsicologia tem como foco o estudo do papel da neuroplasticidade no comportamento, nas emoções e nos processos cognitivos. 

 Atualmente, a Unit mantém parcerias com diversas universidades federais brasileiras, e vem trabalhando e desenvolvendo jogos adaptativos com inteligência artificial voltados ao tratamento de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) para aprimorar a neuroplasticidade e a psicomotricidade desses pacientes sendo um projeto sustentado por meio debolsa do CNPq. 

“O diferencial da pós da Unit é o aprofundamento que os alunos têm no estudo e compreensão da plasticidade e atividade sináptica e do crescimento e desenvolvimento dos neurônios”, destaca o docente do curso de Neuropsicologia da Pós-graduação Lato Sensu da Universidade Tiradentes (Unit), Paulo Autran, que também é, pós-doutor em Psicologia e Educação pela Universidade de Aveiro, bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial C (CNPq) e fisioterapeuta emergencista do Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE). 

 Atualmente, o tratamento gratuito de crianças com TEA por meio do jogo adaptativo apresenta fila de espera. A universidade vem coletando os dados obtidos com esse tratamento cujos resultados têm sido bastante positivos, pois os pacientes vêm apresentando melhora significativa no desenvolvimento neuropsicomotor mediante a criação de situações que melhoram e otimizam seu ganho funcional e cognitivo, ou seja, o jogo tem a capacidade de reconhecer a limitação funcional do paciente e, por meio de inteligência artificial, vai se adaptando ao desenvolvimento obtido pelo paciente até que este atinja o ganho funcional  motor, cognitivo e emocional que faltava. 

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