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Transtorno afeta cerca de quatro milhões de brasileiros
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) atinge de 1 a 2% da população mundial, cerca de quatro milhões de pessoas no Brasil. Os primeiros sintomas podem surgir na adolescência, em jovens de 14 anos, e até durante a infância.
Cleyson Monteiro, psicólogo e professor do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, aponta que o TOC é marcado pela presença de pensamentos obsessivos, impulsivos, involuntários e, muitas vezes, indesejáveis, os quais invadem a mente e provocam ansiedade. Isso ocasiona episódios constantes de pequenos rituais e compulsões de ordem físicas e mentais no intuito de afastar “ameaças”, aliviando o desconforto.
“Outros sintomas bastante comuns são o cuidado excessivo com contaminação, dúvidas sobre ações e preocupação com objetos que não estão alinhados. Essas obsessões causam prazer ou diminuem o estresse. As compulsões mais comuns incluem lavar excessivamente algo, verificar constantemente, contar e ordenar a ponto de deixar tudo alinhado”, afirma.
Os sinais se dão pelas mudanças comportamentais, seja em repetições ou preocupações excessivas. O psicólogo afirma que o TOC difere de outros transtornos psicóticos caracterizados pela perda do contato com o mundo real, apesar de que, em alguns casos, essa percepção não seja presente.
Além da análise dos sintomas, que podem ser de leve a alta intensidade, o TOC é diagnosticado por meio de diversas questões do dia a dia. O indivíduo precisa ter um acompanhamento profissional ao longo do tempo, pois são raros os casos com melhora espontânea.
“Um dos métodos é a avaliação da história do paciente sobre seus hábitos e a coleta de informações de pessoas próximas, se necessário. Em seguida, são realizados testes laboratoriais, os quais servem para detectar as causas do problema e possíveis complicações de saúde, de modo que auxiliem para uma melhor triagem. Caso note alguns sinais mais frequentes e que comprometam sua vida social, não hesite em procurar ajuda de um especialista”, conclui Cleyson Monteiro.