31 de maio de 2025

Obesidade e baixa qualidade do sono afetam saúde intestinal, diz especialista

Foto: Freepik

Uma a cada mil pessoas no Brasil possui Doença Inflamatória Intestinal; condição que não tem cura, mas tem tratamento

Em maio é celebrado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), data dedicada à luta contra a doença de Crohn e colite ulcerativa, que atingem uma pessoa a cada mil habitantes no Brasil, segundo a SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia). De acordo com Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP (Serviço Social da Saúde), embora não possam ser evitadas, há fatores que aumentam o risco dessas doenças.

A má qualidade do sono e obesidade são os principais agentes para a inflação da mucosa intestinal. Dias ainda alerta que fatores psicológicos e consumo de gordura prejudicam os portadores da DII, como são chamadas as doenças.

“As duas são processos inflamatórios crônicos. A colite é limitada à mucosa e mais frequente no reto, e a doença de Crohn abrange toda a parte do intestino, inclusive o músculo”, explica Dias.

Os sintomas da DII, como são chamadas, iniciam-se entre os 15 e 30 anos e apresentam um segundo pico entre os 50 e 80 anos. Os principais sintomas das duas doenças são cólicas e diarreia constante. O diagnóstico da doença de Crohn e da colite é realizado com exame de colonoscopia e um exame de fezes chamado calciprotectina. “Na fase aguda não é recomendado fazer colonoscopia, porque pode haver perfuração”, orienta o especialista. Apesar de não terem cura, ambas podem ser controladas. “O tratamento é com medicamentos e é para a vida toda”, completa.

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