Foto: Pixabay
As fachadas do Palácio do Congresso Nacional recebem, nesta sexta-feira (28), das 19h às 23h, projeção das cores rosa, branca e azul, representativas da bandeira do Movimento Trans, e das cores vermelha, laranja, amarela, verde, azul e roxa, representativas da bandeira do Movimento LGBTQIAP+. O objetivo da iniciativa é celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+.
Estabelecida em 28 de junho, a data remete ao episódio conhecido como Levante de Stonewall, ocorrido em 1969 em um bar no bairro de Greenwich Village, em Nova York, nos Estados Unidos. Na ocasião, um grupo de policiais invadiu o Stonewall Inn e prendeu pessoas transgêneras e drag queens presentes no local. A operação policial desencadeou uma série de protestos em defesa dos direitos da população LGBTQIA+. Um ano depois, na mesma data, as cidades de Nova York e Los Angeles realizaram a 1ª Parada do Orgulho Gay.
Violência
Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2023 houve 145 assassinatos e dez suicídios de pessoas trans no Brasil, um aumento de mais de 10% nos casos de assassinatos de pessoas trans em relação a 2022 – a vítima mais jovem tinha apenas 13 anos de idade.
De acordo com dados da entidade, o país se mantém há quinze anos consecutivos no topo do ranking dos assassinatos contra pessoas trans. Paradoxalmente, é o que mais consome pornografia dessa natureza em todo o mundo.
Dados do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ indicam que, em 2023, um LGBTI+ foi assassinado a cada 38 horas no Brasil. A instituição considera que o número deve ser ainda maior, já que há subnotificação desse tipo de crime. São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os estados em que mais ocorreram mortes de pessoas LGBTI+ no país. Além da morte, esse grupo social enfrenta outros desafios, como taxa de empregabilidade menor em relação aos cis-heterossexuais e maior probabilidade de estigmatização, humilhação e discriminação em serviços de saúde.